Seguros, Previdência e Capitalização
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE
Por


Silva, da WTW: resultados da convergência devem aparecer em 2025 — Foto: Divulgação
Silva, da WTW: resultados da convergência devem aparecer em 2025 — Foto: Divulgação

O open insurance (Opin), ecossistema aberto de compartilhamento de dados do setor de seguros, estará em operação até o fim de novembro se as empresas conseguirem cumprir o cronograma definido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A conclusão do Opin, que inicialmente estava programada para junho de 2022, foi adiada para setembro de 2023 e, depois, prorrogada para novembro deste ano (para quando se prevê o término da fase 3 do projeto).

A justificativa dos agentes do mercado segurador para os sucessivos adiamentos, além dos inúmeros desafios regulatórios, é a enorme complexidade tecnológica do projeto, já que a fase 3 marca o início da etapa de serviços e também da integração com o open banking, que vai unir os projetos e colocar em prática o open finance, o sistema financeiro aberto para o compartilhamento de dados de clientes. Nessa etapa, também estarão liberadas para operar as chamadas Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOCs), corretoras e insurtechs credenciadas pela Susep para realizar atividades de processamento de pedidos dos clientes, entre outros serviços.

No início de maio, o projeto rumou para a fase 3, mas ainda sobram dúvidas e incertezas no mercado, conforme revela pesquisa recente da Capgemini, que mostra que nem as seguradoras nem as corretoras estão 100% preparadas para o Opin. Contudo, como observa o head de soluções para seguros da Capgemini Brasil, Gustavo Leança, é preciso considerar que elas estão em estágios diferentes de maturidade. “As seguradoras vêm trabalhando no Opin desde 2021, quando teve início a fase 1, logo, elas têm um nível de maturidade maior, além de uma capacidade tecnológica muito estruturada.”

Apesar dos contratempos, a adesão ao Opin é considerada bastante positiva pela Susep. Hoje, 72 empresas participam do sistema aberto, segundo o diretor técnico Airton Renato de Almeida Filho. “Considerando que a Susep tem em torno de 150 empresas reguladas, é um bom indicativo.” A expectativa do diretor é que a integração com o open banking estimule a entrada de novos participantes no ecossistema, aumente a concorrência, a inovação e a diversificação na intermediação e permita a criação de soluções mais robustas, que atendam melhor os consumidores.

Os resultados dessa convergência, no entanto, só devem começar a ser sentidos no ano que vem, avalia a diretora de afinidade e parcerias da WTW, Raquel Silva. Ela diz que essa também é a percepção de parte dos agentes do setor, embasados em pesquisa da Capgemini com executivos de seguradoras, resseguradoras, insurtechs e prestadores de serviços – cerca de 50% dos entrevistados apontaram que os impactos do Opin somente serão percebidos em 2025.

A executiva considera que a entrada das SPOCs e insurtechs deve proporcionar produtos mais acessíveis e personalizados e jornada de contratação mais ágil, já que a operação dessas empresas será 100% digital. Entretanto, ela observa que as corretoras e iniciadoras de transações de pagamentos (ITPs) que desejarem se tornar SPOCs terão de cumprir diversas exigências, como ter CNPJ exclusivo para essa operação e patrimônio líquido mínimo de R$ 1 milhão.

Para o diretor de operações e tecnologia da Brasilseg, Tiago Vieira, a entrada das corretoras de seguros no Opin é fundamental para a melhoria da chamada experiência do cliente. “As corretoras têm o papel de traduzir as vantagens das várias modalidades de seguros ao contratante da apólice. Com o open insurance, elas poderão utilizar ferramentas digitais e plataformas on-line para agilizar processos e melhorar a jornada do consumidor.”

A alteração feita pela Susep, que substituiu a figura da Sociedade Iniciadora de Serviços de Seguro (SISS) por SPOCs, reflete claramente o reconhecimento do papel crítico do corretor dentro do ecossistema de seguros, avalia o diretor de tecnologia do grupo Wiz Co., Marcus Reis. Os corretores, segundo ele, respondem por aproximadamente 60% das vendas de seguros no Brasil e desempenham um papel imprescindível na educação dos clientes sobre a importância e os benefícios dos produtos de seguro.

O mercado é composto por mais de 120 mil corretores de seguros, além das seguradoras e operadoras, ressalta Manuel Matos, vice-presidente da Fenacor, entidade que reúne corretoras e corretores de seguros e resseguros. Para ele, a relevância do setor dá uma dimensão de o que o open insurance pode trazer em termos de oportunidades para toda a cadeia de seguros e de benefícios para os segurados: os clientes terão acesso a uma gama mais ampla e personalizada de produtos, preços mais adequados e mais transparência na contratação do seguro, ao poder comparar os produtos oferecidos no mercado.

Mais recente Próxima Processo de conscientização cibernética

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Definição de um nome é considerada uma virada de página para a mineradora, avaliada em quase R$ 300 bilhões no mercado

Análise: na Vale, há uma lista de desejos, mas escolha do futuro CEO segue em aberto

A ONG disse que as ordens de evacuação e a destruição das instalações de saúde deixaram as pessoas no norte de Gaza com muito poucas opções de atendimento médico

Médicos Sem Fronteiras fecham última instalação de saúde no norte de Gaza

Queda do CPI de junho reforça percepção de que início do ciclo de cortes de juros americanos está mais próximo

Ibovespa e dólar sobem com inflação americana no radar

Média móvel de quatro semanas ficou em 233.500 pedidos, uma queda de 5.250 em relação à média revisada da semana anterior

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficam em 222 mil na semana anterior

Presidente colombiano está prestes a ter maioria de indicados no banco central do país; nervosismo de economistas aumentou com a recente turbulência no mercado brasileiro após ataques de Lula à política monetária brasileira

Colômbia olha para o Brasil com medo de nomes de Petro no banco central

Contratos para setembro, os mais negociados, fecharam em alta de 0,79%, a 828,0 yuans (US$ 113,79) a tonelada

Minério de ferro sobe na Bolsa de Dalian

A avaliação é que os cálculos sobre como ficará o valor da alíquota geral, cujo teto foi fixado em 26,5% no texto da Câmara, terão de ser refeitos no Senado.

Senado adota cautela sobre regulamentação da reforma tributária e avalia tirar urgência

Na operação desta quinta-feira, PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, e entre os presos está Marcelo de Araújo Bormevet, agente da PF que integrou a equipe de Ramagem na Abin

Moraes retira sigilo de operação sobre Abin paralela

Recursos serão destinados, em grande parte, no desenvolvimento e produção de um veículo totalmente novo, de um segmento no qual a montadora ainda não atua, revelou o presidente da GM na América do Sul

Dos R$ 7 bilhões de investimento anunciados pela GM no país, R$ 1,2 bilhão vão para fábrica do RS

Volume de vendas cresceu 1,8% em maio ante abril, acima da média brasileira, que foi de 1,2%. Já a receita teve alta de 1,2% no estado, ante variação de 1,3% no Brasil

Corrida aos supermercados e doações puxam alta das vendas do comércio no Rio Grande do Sul