Revista Logística
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Pessin, da Eu Entrego: integração de tecnologias para melhorar a eficiência — Foto: Divulgação
Pessin, da Eu Entrego: integração de tecnologias para melhorar a eficiência — Foto: Divulgação

O e-commerce, que ganhou força durante a pandemia, segue firme e forte sustentando as entregas expressas. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta para este ano uma movimentação de R$ 205,1 bilhões nas lojas virtuais. “As pessoas se sentem mais confiantes em comprar no ambiente on-line, o que favorece a ascensão do mercado virtual. Quem compra em sites e tem uma boa experiência sempre volta”, diz Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Mas há desafios a serem enfrentados. Segundo Salvador, o principal diz respeito à definição de políticas públicas que apoiem a desburocratização do setor, criando formas para que o empresário possa vender mais sem se preocupar com as transações. “Além disso, a infraestrutura precária de estradas e ruas urbanas, aliada à insegurança, faz o custo do frete ser muito elevado.”

Para enfrentar a situação, a Eu Entrego tem investido na integração de tecnologias como inteligência artificial (IA), roteamento inteligente e rastreamento em tempo real. “Isso pode melhorar a eficiência operacional e a experiência do cliente, além de reduzir custos”, diz Vinicius Pessin, CEO da empresa, que faturou R$ 54 milhões em 2023 e espera receita de R$ 70 milhões neste ano, fazendo mais de 20 milhões de entregas, principalmente nos segmentos pet, farmacêutico, moda e telefonia.

Segundo Pessin, com a popularidade do comércio eletrônico, os clientes esperam receber as compras em prazos cada vez menores. Isso pressiona as empresas de entregas expressas a atender as expectativas. “Gerenciar uma rede de transporte eficiente e otimizada em um país com dimensões continentais como o Brasil é muito complexo. Coordenar a coleta, classificação, transporte e entrega de pacotes em diferentes regiões geográficas requer planejamento cuidadoso e fortes investimentos em tecnologia.”

Santos, dos Correios: possibilidade de trazer de volta os clientes — Foto: Ana Paula Paiva/Valor
Santos, dos Correios: possibilidade de trazer de volta os clientes — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

Segundo Gabriel Kayser, diretor de marketing e experiência do cliente da FedEx, o desempenho do mercado de entrega expressa está mais condicionado à força da economia do que a outros tipos de serviço. “Quando a economia está performando positivamente e em ambiente estável, a segurança do consumidor aumenta, o que gera mais consumo e aumento na busca pelo serviço expresso. No serviço internacional, a cotação do dólar também é elemento de forte pressão. Economistas brasileiros estimam o dólar abaixo de R$ 5 em 2024, indicativo favorável para o segmento.”

As maiores demandas por serviço expresso internacional vêm dos segmentos médico e odontológico, e-commerce, cosméticos, moda (têxtil e calçadista), automotivo, produtos de alta tecnologia, entre outros. “A pandemia ajudou a quebrar as barreiras e notamos um crescimento no segmento B2C [vendas ao consumidor] no comércio internacional, que se mantém. Os canais de vendas são variados: marketplace, site do cliente, redes sociais.” Na área doméstica, Kayser diz que as maiores demandas vêm de alta tecnologia, tanto em transações entre empresas quanto para o consumidor.

Tecnologia é o caminho procurado pela FedEx para sua expansão. No Brasil, a empresa tem feito investimentos em monitoramento por câmeras e caminhões com blindagem elétrica para evitar roubos de cargas, com painel solar para carregar a bateria que mantém a blindagem elétrica funcionando.

Já a DHL foca em veículos aéreos e armazéns logísticos próprios para entregas mais rápidas e eficientes. A sustentabilidade é um dos pilares da empresa, que faz uso do combustível ecológico para aviação (SAF). Além disso, está realizando neste ano investimentos para aumentar sua frota de veículos elétricos de 10,5% para 15,5%. “A adoção de veículos elétricos faz parte do plano estratégico da DHL Express Brasil para atender à meta do DHL Group de emissões líquidas zero até 2050”, diz Marco Vollmer, vice-presidente financeiro.

Segundo ele, são vários os desafios enfrentados pelas empresas de entregas expressas, com destaque para os altos custos operacionais. “As rotas precisam ser bem otimizadas, senão o custo é elevado. Nesse tipo de entrega, quando chega o pedido, é necessário buscar o entregador mais próximo e é necessário investimento em IA.”

Para Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios, as perspectivas para a empresa em 2024 são positivas. “Os Correios estão vivendo um momento de transformação e modernização, com a recuperação dos investimentos em pessoas e em infraestrutura, o que está trazendo de volta os clientes que a empresa tinha perdido.” Segundo o executivo, os grandes varejistas virtuais e marketplaces são os principais clientes de entregas expressas.

O desafio é contínuo, diz Santos, porque é preciso fazer logística com prazos cada vez menores e preços cada vez mais atraentes. “Em 2023, investimos mais de R$ 500 milhões na nova rede corporativa de dados dos Correios, além de destinarmos recursos para cibersegurança e data centers, entre outros.” Além disso, os Correios fecharam uma parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para aplicar IA na otimização da cadeia logística e no dimensionamento dos recursos.

Para Bruno Tortorello, presidente da Jadlog, as perspectivas são positivas para o setor, porque há previsão de queda da taxa Selic em 2024, o que melhora o cenário para os varejistas de bens de consumo, incluindo o e-commerce. “Há uma facilidade maior de aquisição de estoques por parte das empresas e de condições de parcelamento de compras para os consumidores, o que deve levar a maior consumo e volume de entregas de mercadorias. Esse cenário se aplica aos segmentos B2C e B2B nos quais atuamos.”

Tortorello diz que o principal desafio é oferecer a melhor experiência logística para o consumidor, que exige prazos reduzidos, várias opções de entregas e fretes competitivos. “Nesse contexto, há o desafio da logística reversa, porque é primordial oferecer uma estrutura reversa para trocas e devoluções de produtos adquiridos no e-commerce, em favor da boa experiência.”

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