Revista Infraestrutura e Logística
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Por Inaldo Cristoni


A implementação da rede móvel de quinta geração (5G) abre caminho para adoção das chamadas inovações disruptivas na atividade logística. Ao mesmo tempo, permite tirar melhor proveito das soluções tecnológicas já existentes para o setor, especialmente as que aperfeiçoam os mecanismos de monitoramento e rastreamento do transporte de carga e automatizam os centros de distribuição (CD).

Os avanços tecnológicos são possíveis por causa da banda larga, conectividade em massa e velocidade de comunicação (baixa latência) da rede 5G. Tais atributos proporcionam acesso em tempo real a um grande volume de informações. Para os gestores, a tomada de decisões torna-se mais assertiva, trazendo benefícios à operação e melhorando a experiência dos clientes.

Com a infraestrutura de conectividade baseada na tecnologia 4G, a realidade na operação logística é diferente. A indisponibilidade das informações em tempo real dificulta o processo de monitoração da cadeia de ponta a ponta. “A gestão se baseia em eventos passados”, observa Celso Kassab, responsável pelos serviços de supply chain, tecnologia e transformação na consultoria Deloitte.

Um exemplo de impacto positivo do 5G no transporte de carga é a possibilidade de se estimar o tempo de atraso do caminhão e, com o auxílio de algoritmos de inteligência artificial, adotar medidas para evitá-lo – como alterar a ordem de entregas no sistema de roteirização, para não comprometer toda programação.

Além do monitoramento mais preciso do transporte – que abrange, por exemplo, o controle de temperatura de carga frigorificada e da manutenção dos veículos, com o auxílio de dispositivos de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) – e da gestão de rotas, o 5G contribui para o aperfeiçoamento dos mecanismos de segurança no transporte. “Pode ser um fator adicional para mitigar o risco de roubo de cargas”, assinala Anderson Benetti, gerente de produtos e especialista em logística da Senior Sistemas.

O 5G também assegura o alinhamento da operação logística com a agenda de sustentabilidade, aponta Alexandre Boschi, especialista em supply chain, logística e manufatura da consultoria EY Brasil. “A roteirização mais precisa e o replanejamento de entregas podem reduzir a circulação da frota nas ruas, bem como a emissão de poluentes.”

Um desafio para a logística, entretanto, diz respeito à universalização do 5G. Como a infraestrutura de conectividade ainda está sendo montada, a cobertura do sinal se restringe aos centros urbanos. Para que, de fato, haja melhorias, a rede de conexão precisa estar disponível também nos locais remotos e rodovias, o que depende das operadoras de telecomunicações.

No caso dos centros de distribuição, a possibilidade é montar uma rede privativa 5G, que não depende das operadoras, para levar adiante o processo de automação. Os projetos contemplam, por exemplo, o uso de empilhadeira autônoma, de robôs e até mesmo de drones para gestão de todo o ciclo de operação no ambiente, desde a entrada até a saída de mercadorias, assim como a integração entre o centro de distribuição e os pontos de venda físicos e digitais.

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