Paraná
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Por Hygino Vasconcellos — Para o Valor, de Balneário Camboriú


Goiabas de Carlópolis (PR), que receberam selo de indicação geográfica — Foto: Alessandra Rosa/Divulgação
Goiabas de Carlópolis (PR), que receberam selo de indicação geográfica — Foto: Alessandra Rosa/Divulgação

O Paraná tem 12 produtos com selo de indicação geográfica e outros sete aguardam análise do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A designação define que determinado item é originário de uma região específica. No Brasil, são 108 produtos com esse tipo de registro. O Paraná é o terceiro com maior número, atrás de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O primeiro item a obter o selo no Estado foi o Cafés Especiais do Norte Pioneiro, em 2012. Foram cerca de cinco anos até a concessão do registro, segundo Maria Isabel Rosa Guimarães, consultora do Sebrae do Paraná. Hoje, o processo costuma levar cerca de dois anos.

Na lista dos produtos com selo está a goiaba de Carlópolis (365 km de Curitiba), que ganhou o registro em 2017. A produtora Inês Yumiko Sato Sasaki conta que usa uma técnica de ensacamento introduzida na região na década de 1970 em que as frutas ficam de 60 a 70 dias “embaladas” até serem colhidas para evitar pragas e reduzir a exposição ao sol. Além disso, a técnica reduz o uso de agrotóxicos, que só são utilizados na fase inicial da fruta.

O Sebrae atua na identificação do item, encaminhamento da documentação e, após a obtenção do selo, acompanhamento da produção in loco por 12 meses - a partir do ano que vem esse período vai ser ampliado para 18 meses. “Um produto com indicação geográfica traz desenvolvimento regional, local. Empresas e comunidades são beneficiadas”, diz a consultora.

A obtenção do selo acarreta, entre outros, o aumento médio de 10% a 20% no preço do produto, diz Hulda Giesbrecht, coordenadora de negócios de base tecnológica e analista de inovação do Sebrae nacional. “Temos alguns produtos que tiveram aumentos espantosos de 300% [no preço], como o socol [carne suína maturada de origem italiana] de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo.”

O registro ainda fomenta a preservação do meio ambiente, diz Giesbrecht. “Sabemos que as condições que a região tem, como clima e solo, influenciam no produto. Produtores precisam manter as condições que tornaram a região propícia para aquela produção.”

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