Paraná
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Por Cláudio Marques — Para o Valor, de São Paulo


O comércio exterior do Paraná chegou ao fim de outubro apresentando um resultado inédito: superávit que chega perto dos US$ 6 bilhões no período de dez meses. Nesse intervalo, as exportações alcançaram US$ 21 bilhões, alta de 11,3% em relação aos US$ 18,9 bilhões obtidos de janeiro a outubro do ano passado, e as importações caíram 21,2%, registrando R$ 15,1 bilhões ante os US$ 19,2 bilhões obtidos em 2022.

“O Estado nunca havia conseguido alcançar um superávit dessa magnitude”, afirma Evanio do Nascimento Filippe, economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). E isso depois de registrar, em 2022, um déficit de US$ 271 milhões, ao vender US$ 22,1 bilhões para o mercado externo e comprar US$ 22,4 bilhões de outros países. A estimativa é de que o superávit permaneça em torno dos US$ 6 bilhões até o fim de 2023, pois a atividade do setor sempre tende a perder fôlego no último trimestre do ano.

Ao mesmo tempo em que a queda nas compras internacionais representou uma contribuição de peso para a obtenção do superávit histórico, o movimento de alta nas exportações também chama a atenção. O câmbio favorável, que torna o produto nacional mais competitivo, ajuda a entender o aumento nas vendas externas - somente para a China, principal parceira comercial, a alta foi de 73%. Nesse caso, também contribuiu a retomada da economia do gigante asiático no pós-pandemia.

Outros grandes mercados compradores dos produtos paranaenses são Argentina, Estados Unidos, México e Japão. No geral, as exportações do Estado chegam a 168 países. “Para competir no mercado de carnes, de aves, ou no próprio agronegócio de proteína vegetal, como soja e milho, nós temos capacidade competitiva de atender a esses mercados prontamente. Isso é um ponto positivo que nos favorece e nossas empresas sabem aproveitar isso de forma perfeita”, afirma Filippe.

A soja em grão segue como o principal produto exportado pelo Paraná e foi o que teve maior aumento nas vendas. De janeiro a outubro, o grão alcançou a marca de US$ 4,9 bilhões exportados, um crescimento de 71,8% em relação aos US$ 2,9 bilhões acumulados em igual período de 2022. O diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, segundo a Agência Estadual de Notícias do Paraná, diz que o bom resultado das exportações de commodities agrícolas está diretamente relacionado à safra recorde de grãos (cerca de 46,3 milhões de toneladas) colhida na temporada de 2022/2023.

Em relação à queda nas importações, houve redução nas compras de produtos químicos (como fertilizantes), mas Filippe ressalta que as aquisições dos produtos eletroeletrônicos vêm apresentando redução contundente ao longo deste ano. “A produção do setor elétrico industrial está caindo. E, se a empresa produz menos, vai importar menos”, diz o economista. Ele lembra que as previsões de redução da atividade econômica mundial em 2024, conforme previsões do Banco Mundial e FMI, poderão afetar as trocas internacionais.

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