Pará
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Luiz Maciel — Para o Valor, de São Paulo


A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que responde por cerca de 10% da produção de energia elétrica do país — Foto: TV Brasil
A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que responde por cerca de 10% da produção de energia elétrica do país — Foto: TV Brasil

Segundo maior produtor de energia elétrica do país, o Pará também é o Estado com a tarifa elétrica mais cara: R$ 0,962 por kWh, contra média nacional de R$ 0,731, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa contradição se deve a dois fatores principais: baixa densidade demográfica, de 6,51 habitantes por km2 - que eleva os custos de operação, manutenção e expansão da rede - e o fato de o ser o único Estado do Norte a não receber um subsídio aprovado pelo governo federal em 2021.

O Pará foi excluído por uma tecnicalidade, uma vez que o benefício contemplou apenas as distribuidoras de energia privatizadas a partir de 2013, o que não é o caso da Equatorial Pará, a concessionária local. O governador Helder Barbalho tentou reverter essa decisão na época, sem sucesso.

A Equatorial explica que as tarifas são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e “devem ser suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão e possibilitar que a empresa possa continuar realizando as obras necessárias para fornecer energia elétrica aos atuais e futuros consumidores”. Lembra, ainda, que cerca de 1 milhão de paraenses estão inscritos na Tarifa Social, que concede descontos de até 65% na conta de energia. No caso do Pará, esclarece a empresa, 31% da arrecadação é destinada para a operação e expansão do serviço; 35% referem-se a impostos; e 34% são repassados para geração e transmissão.

A energia gerada no Pará vem quase toda de suas duas hidrelétricas, as maiores 100% brasileiras (Itaipu, no Paraná, é binancional): Belo Monte, com capacidade instalada de 11,2 mil MW, e Tucuruí, com 8,3 mil MW. As duas respondem por cerca de 11% da eletricidade injetada no Sistema Interligado Nacional (SIN) - a maior parte dessa produção é destinada a outros Estados, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela distribuição da energia.

As prioridades do governo do Pará no setor são a expansão da rede para comunidades ainda dependentes do óleo diesel e o programa “Energia Limpa”, que prevê usinas fotovoltaicas em todos os prédios públicos até 2025, a tempo de exibir os novos geradores de energia renovável na COP30. A instalação dessa rede de usinas solares está orçada em R$ 600 milhões.

A primeira etapa do “Energia Limpa” vai atender 106 prédios públicos de Belém até o fim do ano, informou a secretária de administração e planejamento, Elieth Braga, no lançamento do programa, em julho. A usina está sendo instalada no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, com investimento de R$ 60 milhões. Capaz de gerar 10 MW, a estimativa é que a usina evite a emissão de 6,3 milhões de kg de CO2 por ano. Espera-se um economia de mais de R$ 140 milhões ao ano.

Para o especialista em infraestrutura Claudio Frishtack, da consultoria Inter.B, a opção pela rede de usinas fotovoltaicas é a mais acertada. “A geração de energia com a captação da luz solar é a ideal para a região amazônica, que já tem hidrelétricas suficientes e não recebe tantos ventos como o Nordeste, por exemplo”, afirma.

Já o Programa de Inclusão Socioeconômica (PIS), tocado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, leva energia a localidades que ainda não dispõem do serviço ou que precisam de ampliação. Em 2023, o PIS contemplou mais de 40 comunidades de 25 municípios. Foram investidos R$ 41,6 milhões para a implantação de 426 km de novas linhas de energia. Há 183 km em andamento e 1.033 km já autorizados para expansão da rede.

Mais recente Próxima Na vitrine da COP30
Tudo sobre uma empresa
Acesse tudo o que precisa saber sobre empresas da B3 em um único lugar! Dados financeiros, indicadores, notícias exclusivas e gráficos precisos - tudo para ajudar você a tomar as melhores decisões de investimento
Conheça o Empresas 360

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Definição de um nome é considerada uma virada de página para a mineradora, avaliada em quase R$ 300 bilhões no mercado

Análise: na Vale, há uma lista de desejos, mas escolha do futuro CEO segue em aberto

A ONG disse que as ordens de evacuação e a destruição das instalações de saúde deixaram as pessoas no norte de Gaza com muito poucas opções de atendimento médico

Médicos Sem Fronteiras fecham última instalação de saúde no norte de Gaza

Queda do CPI de junho reforça percepção de que início do ciclo de cortes de juros americanos está mais próximo

Ibovespa e dólar sobem com inflação americana no radar

Média móvel de quatro semanas ficou em 233.500 pedidos, uma queda de 5.250 em relação à média revisada da semana anterior

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficam em 222 mil na semana anterior

Presidente colombiano está prestes a ter maioria de indicados no banco central do país; nervosismo de economistas aumentou com a recente turbulência no mercado brasileiro após ataques de Lula à política monetária brasileira

Colômbia olha para o Brasil com medo de nomes de Petro no banco central

Contratos para setembro, os mais negociados, fecharam em alta de 0,79%, a 828,0 yuans (US$ 113,79) a tonelada

Minério de ferro sobe na Bolsa de Dalian

A avaliação é que os cálculos sobre como ficará o valor da alíquota geral, cujo teto foi fixado em 26,5% no texto da Câmara, terão de ser refeitos no Senado.

Senado adota cautela sobre regulamentação da reforma tributária e avalia tirar urgência

Na operação desta quinta-feira, PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, e entre os presos está Marcelo de Araújo Bormevet, agente da PF que integrou a equipe de Ramagem na Abin

Moraes retira sigilo de operação sobre Abin paralela

Recursos serão destinados, em grande parte, no desenvolvimento e produção de um veículo totalmente novo, de um segmento no qual a montadora ainda não atua, revelou o presidente da GM na América do Sul

Dos R$ 7 bilhões de investimento anunciados pela GM no país, R$ 1,2 bilhão vão para fábrica do RS

Volume de vendas cresceu 1,8% em maio ante abril, acima da média brasileira, que foi de 1,2%. Já a receita teve alta de 1,2% no estado, ante variação de 1,3% no Brasil

Corrida aos supermercados e doações puxam alta das vendas do comércio no Rio Grande do Sul