Com escritório nas redondezas da av. Faria Lima, em São Paulo, a gestora de private equity AGBI Real Assets está com o terceiro fundo para aquisição e regeneração de terras de pastagem degradadas. Pelo modelo, as propriedades são vendidas para lavoura após a recuperação do solo, feita por arrendatários por meio da agricultura regenerativa. “Enxergamos o que fazemos como essencialmente uma jogada de desenvolvimento imobiliário porque, no final do período de transformação, colocamos a propriedade à venda e capturamos o ganho associado ao aumento da produtividade da terra e da mudança do uso do solo”, diz Mario Lewandowski, diretor de novos negócios da AGBI Real Assets.
O primeiro fundo adquiriu em 2013 uma fazenda no Mato Grosso do Sul por R$ 30 milhões, revendida em 2021 por R$ 187 milhões. No segundo, a propriedade principal foi comprada por R$ 28 milhões em 2017 e revendida por R$ 146 milhões, seis anos depois.
Agora, o terceiro deles, o Fundo AGBI III Carbon Fiagro Verde, lançado em parceria com a com Infrapar Sustainability, também engloba um projeto de créditos de carbono — transação que não deve ser considerada nas estimativas de retorno, mas, segundo os gestores, deve dar liquidez ao negócio. A expectativa é a captação até cerca de R$ 300 milhões, além de até outros US$ 150 milhões no fundo espelho voltado a investidores estrangeiros. A AGBI adquiriu em 2024, por valores não revelados, duas fazendas no Mato Grosso.