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Por Rafael Gregorio — São Paulo


Fabricantes de terminais de autoatendimento para finalizar compras, os self check-outs, veem a adoção da tecnologia no Brasil ainda em um estágio inicial. As empresas preveem mais pedidos, mais variedades de modelos e a chegada de concorrentes do exterior, principalmente da China.

"Ainda estamos em uma fase marcada pela aparição de terminais de autoatendimento nas lojas em condição minoritária em relação aos caixas assistidos”, diz André Figueiredo, diretor comercial da Perto, fabricante gaúcha de hardware para essas máquinas.

No futuro, ele acredita que essa proporção vá se reverter para um cenário quase todo de self check-outs, com alguns pontuais caixas com funcionários, como já se vê em grande parte dos EUA e na Europa e na Ásia.

Luis Fernando Laurenti, presidente da fabricante paulistana Laurenti, concorda: “Temos hoje cerca de 7 mil máquinas instaladas, e avalio existir demanda para 60 mil máquinas no Brasil. Tem crescimento para todo mundo”.

Também por isso, ele afirma, o segmento deve viver, nos próximos meses e ano, um acirramento da competição. “Tem um estudo recente da Toshiba que estima que o autoatendimento vá triplicar em dez anos. Por isso, na feira Autocom deste ano, dedicada ao setor, muitas empresas chinesas vieram pela primeira vez”, diz.

Em termos históricos, a linha do tempo da automação para o comércio no Brasil começa nas caixas registradoras, nos anos 1960. Na década seguinte, vieram máquinas que faziam decalque de cartão de crédito, e, nos anos 1980, os primeiros pontos de venda móveis, semelhantes às atuais maquininhas de cartão.

Nos anos 1990 e 2000, o país conheceu os caixas automáticos bancários, os ATMs. O autoatendimento passou a ser usado em aeroportos, estacionamentos e cinemas, e surgiu a modalidade de máquinas “self” para fazer pedidos em redes de fast food – como o McDonald’s, atendido pela gigante americana NCR.

Mas era preciso superar barreiras técnicas para chegar à atual onda de máquinas para pagar, como a sensibilidade das telas, a usabilidade dos programas e a impressão de tíquetes e recibos.

Paulo Guimaraes, presidente da Afrac, a Associação Brasileira de Automação para o Comércio, pontua que outros avanços tecnológicos, externos ao setor, como a evolução dos sistemas móveis e o surgimento do 4G e do 5G, também contribuíram.

E o CEO da Laurenti vê em paralelo outra evolução, da familiaridade do público, após anos de convivência: “Já começa a virar item básico e a perder um pouco a natureza de diferencial”.

Para o futuro, varejistas e fabricantes testam novidades. Como modelos baseados em pedidos digitais para retirada física, em armários inteligentes. Outra frente de desenvolvimento são totens e terminais menores, ao encontro da crescente adoção do sistema Android, substituindo o Windows e o Linux, hoje majoritários.

Também há investimentos em modelos reversíveis, que podem atuar como PDV (ponto de venda) ou como self check-out, o que ajuda em lojas com oscilações sazonais — por exemplo, unidades de supermercados em pontos turísticos, como a Baixada Santista.

Guimaraes, da Afrac, prevê três tendências. Uma, de migração das automações para soluções em nuvem, com vantagens em questões como custo, manutenções e atualizações. Outra é a adoção do Android, em substituição ao Windows e ao Linux, com ganhos de espaço e integração. E, também pelas anteriores, ele estima uma mudança do offline para o online no modelo de aplicativos de interação com os clientes.

João Giacomassi, diretor de produtos de Supermercados da Totvs, descreve duas apostas da empresa para as soluções em autoatendimento: uma, voltada a grandes volumes, que permitiria a adoção desses terminais de self checkout por outros segmentos do varejo, como o de itens esportivos ou automobilísticos.

E outra dedicada a integrar os sistemas de autoatendimento à tecnologia RFID, de identificação por radiofrequência, em substituição aos atuais código de barras e códigos QR.

Diversas empresas também desenvolvem soluções de automação para o varejo que vão além do check-out, mas que se ligam com ele. Como um aparelho criado pela Perto para realizar o trabalho de tesouraria, incluindo o fechamento dos saldos dos caixas.

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