Meios de pagamento
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Por Roseli Loturco — De São Paulo


Em meio à guerra das bandeiras, vale tudo para conquistar um novo espaço na preferência do cliente. Em junho, a Visa bateu a Mastercard e comprou a brasileira Pismo por US$ 1 bilhão em dinheiro. A Pismo é uma plataforma especializada em processamento de emissões para clientes por meio de APIs (sigla em inglês para aplicativos ou softwares que interconectam sistemas) em nuvem, e permitirá à Visa fornecer suporte e conectividade para Pix, por exemplo.

Já a Mastercad tem anunciado parcerias que vão de multinacionais, como a Amazon - que em agosto lançou seu primeiro cartão de crédito no Brasil, junto com o Bradesco, - a governos e empresas como a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), que desde junho oferece pagamento por aproximação nos ônibus intermunicipais com cartões de crédito ou débito.

Em movimento similar, a Elo fechou com a Microsoft e a Avanade acordo para desenvolver produtos e serviços e reforçar a governança em cloud. “Privilegiamos companhias que entendem a economia do Brasil e o jeito de ser do brasileiro, nossas idiossincrasias e preferências”, diz Giancarlo Greco, CEO da Elo.

Segundo estatísticas do Banco Central (BC), atualmente 57% dos cartões de crédito ativos no Brasil são da Mastercard. A empresa vem em ritmo de aquisições acelerado desde 2017. Naquele ano, comprou a Brighterion, plataforma de inteligência artificial e machine learning focada em mitigar fraudes em instituições financeiras, comércios e saúde, e a NuData Security, solução de biometria. Em 2020, adquiriu a Finicity, provedora de acesso em tempo real a dados e insights financeiros líder na América do Norte, e, em 2021, arrematou a Ekata, no Brasil, solução que faz validação dos dados de identidade, e a Aiia, provedora europeia de tecnologia de open finance que oferece conexão direta a bancos por meio de uma única API. “Investimos US$ 5 bilhões em 15 aquisições nos últimos anos. Olhamos empresas que têm capacidade de oferecer serviços globais porque operamos em mais de 200 países”, observa Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard Brasil.

O país é a segunda maior operação global da empresa, atrás dos EUA. O executivo explica que a pandemia acelerou em três anos o processo de digitalização da empresa e as transações on-line e por aproximação avançaram. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), só no primeiro semestre, as compras remotas com cartões cresceram 10% em relação ao primeiro semestre de 2022 e movimentaram R$ 372 bilhões. No mesmo período, os pagamentos por aproximação somaram R$ 414,8 bilhões, alta de 76,1%. “Hoje representam mais de 40% das transações na indústria e na Mastercard chegam próximas a 50%. Há dois anos, eram cerca de 20%. Teve evolução muito fortes”, conta Tangioni.

Ele salienta que cartões ainda têm papel importante no consumo privado e que as bandeiras têm feito, muitas vezes, movimentos em coalizão com credenciadoras e estabelecimentos comerciais para atender as demandas de mercado, como o lançamento do débito on-line por meio do cartão.

“Criamos uma padronização de regras, padrão de segurança e experiência de check-out. Foi lançado em maio e está em piloto. Tem nove estabelecimentos comerciais operando. Este programa permite transação de débito sem senha”, diz Tangioni. A meta é estar em 30 grandes redes comerciais até o final do ano.

Apostando em um futuro de maior fragmentação nos pagamentos, a Visa vê várias redes onde as transações podem acontecer de forma instantânea, como redes de blockchain com criptoativos, de coins (moedas digitais) e redes com nível de agregação e informação com valor adicional. “E estamos preparados para esta complexidade, para facilitar esta transacionalidade e agregar segurança, conveniência e agilidade ao consumidor”, diz Nuno Lopes Alves, country manager da Visa no Brasil.

Ele lembra que há 13 anos, quando abriu o mercado de adquirência no país, havia preocupação de que quando uma mesma maquininha recebesse cartão de várias bandeiras se perdesse capacidade competitiva. De lá para cá a participação do cartão no consumo das famílias saiu de 15% para 60% e o mercado saltou de duas para mais de 31 adquirentes.

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