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Por Rafael Gregorio — Para o Valor, de São Paulo


Fabricantes e varejistas preveem que a substituição dos terminais assistidos por máquinas de autoatendimento, do inglês “self checkout”, é questão de tempo.

Essa modalidade, em que o cliente passa os produtos e fecha a compra sozinho, ganhou força durante a pandemia e é cada vez mais presente no comércio. Luis Fernando Laurenti, CEO da Laurenti, uma das principais fabricantes no país e especializada nos componentes físicos, chamados de “hardware”, dá números a esse crescimento.

“Em 2021, vendi 700 equipamentos e faturei R$ 31 milhões. Em 2022, foram 1.250 máquinas e receita de R$ 36 milhões. Neste ano, até julho, já foram 1.300 unidades vendidas. Minha projeção é elevar a receita em 45% e fechar 2023 com R$ 42 milhões.”

Como em outras fabricantes, isso reflete em contratações e investimentos: “Em 2020, eram 50 funcionários, e hoje são 120. E abrimos uma segunda planta.”

A Perto, de Gravataí (RS), também especializada no hardware, e a Totvs, de São Paulo, focada no software das máquinas, reforçam essa percepção. A demanda vem do varejo, puxada por supermercados. Algumas marcas já incluíram a automatização em fatias expressivas da rede, ou mesmo 100% das lojas, como a Companhia Zaffari.

Essa tendência ganhou tração com o aumento no ritmo de abertura de lojas nos últimos anos. Foram quase 190 mil novas unidades em 2021 e 2022, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). E grande parte já veio com os terminais.

O retorno sobre o investimento tem sido rápido, entre seis e oito meses, segundo fabricantes e varejistas. No GPA, segundo Robledo Castro, diretor de tecnologia e inovação, os terminais começaram a ser instalados em 2020, nas lojas Minuto. Depois, chegaram ao Pão de Açúcar, onde a adoção chegou a 90% das lojas, com o self checkout concentrando entre 35% e 40% das transações.

Já na Leroy Merlin, a adoção começou em 2020, explica Rodrigo Murta, diretor de tecnologia da varejista de construção. Hoje, a opção automatizada está em 35 das 45 lojas da rede, que quer inserir nas dez restantes até o ano que vem. A economia de tempo na fila chega a 4 minutos, em média, e o self checkout é usado por 38% dos clientes. “Em dias de pico chega a 75% em algumas lojas”, diz.

Na Pague Menos, o autoatendimento começou em 2017, também puxado pela redução das filas. Mas neste ano a rede de farmácias começou a testar outro modelo de automação: o PDV (ponto de venda) móvel, um aparelho parecido com a maquininha de cartão que permite checkout integrado com programas de fidelidade.

“O que a gente detectou é que o self checkout não propicia muitas interações, porque a pessoa já está no fim da compra. Dali, é rua. Por isso, a aposta em um equipamento que circule pela loja, mais no começo da visita”, explica Joaquim Garcia, vice-presidente de TI e transformação da Pague Menos.

As empresas dizem que não houve demissões, ou que foram poucas. E todas falam em qualificar atendentes como consultores de vendas. “Tivemos zero desligamentos, movimentamos para outras funções”, diz Murta.

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