Franquias
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Por — De São Paulo

É de olho num mercado que movimenta cerca de R$ 47,5 bilhões por ano e está presente em 34% dos lares brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização, que grandes redes franqueadoras apostam em produtos de private label. “Levar marcas de franquia para o varejo é um caminho natural que ganhará cada vez mais adeptos, uma vez que as franqueadoras buscam novas fontes de renda”, afirma Marcelo Cherto, fundador do Grupo Cherto. “Trata-se de mais um ponto de contato com a marca em momentos de consumo diferentes da loja física”.

Foi com esse pensamento e atendendo a uma demanda do próprio cliente, que a Água Doce Sabores do Brasil lançou no início desse ano uma linha de temperos e condimentos com a sua assinatura. São 16 produtos, entre molhos, farofas, sal de parrilha, alho e cebola crispy, e 8 bebidas. “O próximo passo será o lançamento de receitas da cozinha Água Doce”, revela Julio Bertolucci, diretor de franquias. “Com a marca própria chegando ao varejo, demos ao franqueado a possibilidade de maximizar os ganhos com presença em vários canais”. Em seis meses, os novos produtos movimentaram mais de R$ 1 milhão em vendas e garantiram 7% de aumento do faturamento do franqueado.

Com 600 restaurantes de sete redes, entre elas Spoleto e Gurumê, o Grupo Trigo lançou o Spoleto Mercado, marca própria de massas frescas - raviólis recheados e gnocchi - vendida tanto nas franquias quanto no varejo alimentar. Por enquanto está presente no Sudeste, até dezembro deverá cobrir todo o Brasil. “A expectativa é comercializar meio milhão de unidades no primeiro ano”, diz Rodolfo Dana, diretor de suprimentos do Grupo Trigo. “Estamos aprendendo a trabalhar com o varejo. Investir em private label é uma grande oportunidade, desde que se respeite a legitimidade da marca”, afirma.

A opinião é compartilhada por Fritz Paixão, fundador da rede de franquias de limpeza CleanNew, que desenvolveu produtos de limpeza e blindagem de bolsas e calçados, tapetes e bancos automotivos com marca própria. “Tudo é produzido em nossa fábrica. Os franqueados recebem links para divulgar os produtos e uma comissão de 40% do valor total da venda”, afirma. “As vendas de janeiro a maio somaram R$ 2 milhões e já respondem por 10% do faturamento das unidades franqueadas”, diz. Com 35 franquias no Brasil e 15 no exterior, a CleanNew espera faturar R$ 120 milhões este ano. Em 2023, foram R$ 65 milhões.

Cherto adverte, porém, que o sucesso da marca própria depende de alguns cuidados. “É preciso ter sinergia com o universo da marca e escolher bons fornecedores como parceiros, que garantam qualidade e perenidade ao produto”, afirma. “Outro cuidado é assegurar aos franqueados a participação nesse jogo, seja com a venda direta, seja como ponto de distribuição”.

É o que faz a APTK Spirit, especializada em coquetelaria e drinks prontos para serem servidos, que fez da rede pontos de distribuição para produtos de marca própria. “O franqueado comercializa a linha básica, além dos drinks gerados por collabs”, afirma o fundador Luiz Paulo Foguetti. “Apenas 5% da linha pode ser encontrada no varejo tradicional, os demais só nas unidades franqueadas”. A APTK também cria fórmulas exclusivas para clientes como os hotéis Emiliano e Rosewood, parceiros com tamanho e posicionamento de mercado que conversam com a marca. Com 19 franquias em operação, a rede espera faturar R$ 70 milhões e somar 27 unidades até dezembro.

Quem também investe em collabs é a rede Mais1Café, que assina produtos com a Nestlé, Ovomaltine e Nutella. “As collabs sinalizaram no fim de 2021 uma oportunidade para desenvolver produtos com marca própria, de café em grãos a cápsulas”, diz Vinícius Delatorre, sócio-fundador. “Em menos de dois anos, o private label já representa entre 12% e 15% da receita do franqueado, podendo chegar a 25%”. Com 510 lojas em operação, a rede projeta um faturamento de R$ 156 milhões para este ano.

Na América Latina, um dos segmentos com maior avanço na área de private label é o canal farma, que registrou alta de 27,4% no último ano, contra 3,5% da média global. No Brasil, as cinco maiores redes de farmácia somaram R$ 2,33 bilhões em marcas próprias em 2023, segundo levantamento da IQVIA Brasil. No total o setor somou mais de R$ 4,5 bilhões. A rede FarMelhor ajudou a engordar os números. “Escolhemos 10 itens de alto giro na linha de nutracêuticos para entrar no setor de marcas exclusivas”, diz o CEO Renan Reis. “A meta é chegar a 30 até o fim do ano”, afirma Reis. Além das lojas físicas - são 250 em operação e um faturamento estimado de R$ 720 milhões, 20% a mais do que em 2023 - os produtos de marca própria são vendidos pelo aplicativo, marketplace e e-commerce.

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