Empresas centenárias
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Por — O Globo, do Rio


De pequenas tecelagens a imensas fábricas com maquinário de ponta, a produção de tecidos e roupas está na gênese da industrialização brasileira. Por isso, o setor é um dos que mais acumula empresas centenárias no país.

Só entre as afiliadas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), 26 têm mais de um século de história. A indústria têxtil brasileira deu os primeiros passos ainda no período colonial, mas se expandiu largamente na virada do século XX, com uma habilidade ímpar para atravessar altos e baixos econômicos e enfrentar a dura concorrência com os importados, lembra Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit: “O Brasil possui um mercado consumidor grande, o que garante demanda constante para os produtos têxteis. Isso foi fundamental para o crescimento das companhias. A tradição gerou conhecimento e expertise que foram transmitidos ao longo das gerações, contribuindo para a longevidade dessas empresas.”

Da produção de fios e tecidos até roupas e têxteis específicos para outras indústrias, como a de calçados, o setor se diversificou ao longo das décadas, apostando em novas tecnologias e no desenvolvimento de produtos: “Apesar de não sermos um grande player internacional, as empresas brasileiras têm se internacionalizado cada vez mais”, destaca Pimentel.

É o caso da catarinense Karsten. Com 142 anos, a marca de cama, mesa e banho começou com uma pequena tecelagem com teares importados da Alemanha para o vale do Itajaí, e hoje seus produtos chegam a mais de 20 países.

Fundado há 118 anos, o Grupo Malwee era originalmente dedicado ao comércio de queijos e carnes. Os negócios da família Weege foram se expandindo ao longo dos anos, passando por atividades tão diferentes quanto postos de combustíveis e lojas de departamentos. Em 1968, quando Wandér Weege, da terceira geração da família, formou-se técnico têxtil, surgiu a ideia de concentrar os negócios na indústria têxtil, com a inauguração de uma fábrica unindo malharia, tinturaria, estamparia, corte, costura e expedição. Foi o início do crescimento acelerado do grupo, atualmente um dos principais fabricantes de roupas do país.

Para Guilherme Weege, presidente do conselho de administração da companhia, não basta oferecer produtos com qualidade e durabilidade ao comércio. É preciso ajustar a cadeia produtiva para se adaptar às demandas atuais, como a da sustentabilidade, ele observa. A empresa tem projetos de reciclagem de tecidos, por exemplo. “Em cem anos muitas coisas mudaram. E seguem mudando em uma velocidade cada vez maior. As empresas precisam saber se adaptar a essas mudanças tendo clareza dos valores que são inegociáveis”, afirma Weege.

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