Cooperativismo
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Por Rejane Aguiar — De São Paulo


As cooperativas de crédito também estão aderindo ao programa Desenrola Brasil, lançado pelo Ministério da Fazenda em conjunto com a Febraban para limpar o nome de milhões de brasileiros endividados. Os dois maiores sistemas de cooperativas - o Sicoob (7,3 milhões de cooperados) e o Sicredi (7 milhões) - já confirmaram a adesão. O governo estima a participação de 70 milhões de endividados e a pactuação de acordos que podem somar R$ 100 bilhões até o encerramento do programa, previsto para dezembro.

O Desenrola Brasil é dividido em etapas. Na primeira, em vigor desde meados de julho, são renegociadas dívidas bancárias sem limite de valor, inclusive as contraídas em cooperativas de crédito, de pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil, a chamada faixa 2. Nesse caso, a renegociação deve ser feita diretamente com as instituições financeiras. Ainda na primeira fase, os bancos e demais instituições financeiras aderentes comprometem-se a desnegativar de imediato os nomes dos devedores de valores até R$ 100.

A segunda etapa começa em setembro, envolvendo dívidas de até R$ 5.000 de pessoas negativadas com renda mensal máxima de R$ 2.640 ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Para essa fase, os devedores precisarão fazer um cadastro no site gov.br para ter acesso ao programa.

O diretor-executivo do Sicredi, Alexandre Barbosa, afirma que o sistema já está aberto para receber os contatos de cooperados que queiram renegociar seus débitos, em linha com o cronograma do Desenrola Brasil. “Estamos atendendo os cooperados em todos os nossos canais, tanto físicos quanto digitais”, diz Barbosa. Segundo ele, é natural a participação das cooperativas em programas desse tipo, à medida que relacionamento é o principal atributo do cooperativismo. Na avaliação dele, esse ponto ajuda a explicar o fato de a inadimplência no sistema de cooperativas ser menor do que a média do sistema financeiro.

No Sicredi, informa o executivo, a inadimplência - considerando a referência de análise do mercado, que é o percentual de dívidas em atraso por mais de 90 dias - está em 1,82% da carteira de crédito. “A inadimplência no cooperativismo cresce em determinados momentos, como acontece no restante do sistema financeiro, mas tem níveis mais saudáveis do que em outros segmentos”, destaca. Barbosa ressalta que também contribuem para esse cenário as iniciativas de educação financeira - no caso do Sicredi, reunidas no projeto “Cooperação na ponta do lápis”, que leva esse tipo de conteúdo aos associados por diversos canais.

Segundo o diretor-presidente do Sicoob, Marco Aurélio Almada, a inadimplência nas cooperativas fica, tradicionalmente, numa faixa de 40% a 60% daquela registrada para o restante do sistema financeiro. O Sicoob, afirma, também atua no reforço da educação financeira dos cooperados, para que entendam o funcionamento do mercado financeiro e tenham condições de tomar as melhores decisões na hora de fazer empréstimos e financiamentos.

Na edição de 2022 do relatório anual Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, o Banco Central constatou aumento da inadimplência no sistema entre 2021 e 2022, tanto nas carteiras de pessoas jurídicas quanto nas de pessoas físicas. A inadimplência, prossegue o BC, puxou para cima o volume de “ativos problemáticos” das cooperativas - compostos, entre outros itens, pelas dívidas atrasadas há mais de 90 dias (considerando principal e encargos), pelos débitos renegociados e pelos empréstimos classificados entre os de maior risco.

No entanto, o BC afirma no relatório que as provisões para risco de crédito permanecem suficientes para suportar as perdas esperadas. Entre 2021 e 2022, o nível de provisões passou de 3,7% da carteira para 4,3%.

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