Brasil-EUA
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Por — Para o Valor, de São Paulo


Alex Ribeiro (à esq.) coordenou o painel com os economistas Gabriel Galípolo, James Bullard e Kevin Warsh — Foto: Vanessa Carvalho/Valor
Alex Ribeiro (à esq.) coordenou o painel com os economistas Gabriel Galípolo, James Bullard e Kevin Warsh — Foto: Vanessa Carvalho/Valor

Na última quarta-feira (15), os EUA divulgaram que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 0,3%, em abril, frente ao 0,4% registrado em março. O número ficou abaixo das projeções e animou alguns economistas sobre a possibilidade de uma flexibilização da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

O Fed tem mantido a taxa de juros nos EUA entre 5,25% e 5,50% desde julho de 2023, numa tentativa de atingir a meta de inflação de 2% ao ano - em abril deste ano o índice anual estava em 3,6%. “O relatório de hoje foi encorajador, e parece que a política [de aumento da taxa de juros] será, em última análise, bem-sucedida”, disse James Bullard, ex-presidente do Fed em Saint-Louis, durante o Summit Valor Econômico Brazil-USA.

O economista disse acreditar que a meta de 2% de inflação anual estabelecida pelo governo americano será alcançada em breve, embora não ache que o Fed irá baixar as taxas de juros antes das eleições presidenciais de novembro nos EUA. “Acho que a política será bem-sucedida em última análise, e isso se deve à credibilidade do banco central. A credibilidade do Federal Reserve estava em jogo em 2022. O banco central tinha que mostrar que estava resoluto em combater a inflação. Acho que fizemos isso e isso é bom para os EUA, mas também para a economia global e o Brasil”, disse.

A crítica ao posicionamento do banco central americano no início da crise inflacionária nos EUA foi apoiada por Kevin Warsh, que também trabalhou no Fed e foi colega de Bullard. “Os EUA também podem fazer um trabalho melhor na liderança da política monetária. Inflação não se deve a pandemias, cadeias de suprimentos ou guerras. A inflação é sobre a política do banco central”, disse Warsh. Segundo o economista, as políticas fiscal e monetária americanas passaram a se confundir desde a crise financeira de 2008. “Os EUA têm uma obrigação especial de ter uma política fiscal responsável e uma política monetária responsável, e devo acrescentar que é difícil ter uma política monetária responsável se a política fiscal parecer irresponsável e vice-versa.”

Presente no debate, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, também falou sobre decisões do governo ao ser indagado porque votou pelo corte de 0,5% da taxa de juros durante a última reunião do Comitê de Política Monetária. O economista foi um dos membros que votou por um corte maior.

“Meta é uma discussão interditada para quem está como diretor do Banco Central. O arranjo institucional da política monetária brasileira é o poder Executivo e o poder democraticamente eleito, quem determina qual é a meta de inflação. Cabe aos diretores colocar a taxa de juros num patamar restritivo suficiente e pelo tempo necessário para que a inflação converja para a meta”, disse.

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