Agronegócio
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Por — De São Paulo


Claudio Zattar: “O empresário de soja, milho e algodão é muito apegado aos ativos” — Foto: Carol Carquejeiro/Valor
Claudio Zattar: “O empresário de soja, milho e algodão é muito apegado aos ativos” — Foto: Carol Carquejeiro/Valor

Se a queda dos preços dos grãos pode ter limitado os investimentos dos produtores em novas máquinas, o quadro é diferente na cana-de-açúcar. Na cultura, já se trabalha com frotas alugadas há muitos anos, em operações como as das maiores empresas do segmento, como Raízen, São Martinho e Atvos.

Fazer o meio de campo entre fabricantes e usinas fica a cargo de empresas como Grupo Vamos, Addiante e Unidas Frotas. Claudio Zattar, o principal executivo da Unidas, acompanha os números de safra que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publica mensalmente - e projeções positiva para os canaviais podem significar mais aluguéis.

A empresa foi responsável por transportar 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ano passado. Para 2024, espera duas novas operações de transbordo, com aumento de 30% na capacidade de operação nas usinas. “Estamos entusiasmados, porque devemos quebrar o nosso recorde de transporte, chegando a cerca de 13 milhões de toneladas”, afirma Zattar. A receita da Unidas Frotas com máquinas pesadas para a produção de cana é de R$ 190 milhões, o que correspondente a cerca de 25% do faturamento da empresa.

A Unidas Frotas tem cerca de 500 maquinários pesados alugados em diferentes partes do país. Além da contratação da frota, também é possível fechar um contrato "full service", que inclui operação de colheita, transbordo e equipe profissional. Em outras operações no ramo de papel e celulose, a Unidas atua no transporte de madeira em Imperatriz, no Maranhão, e em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

Na visão do executivo, “o empresário de soja, milho e algodão é muito apegado aos ativos”, enquanto os produtores de cana têm uma abordagem "mais madura" quando se trata de avaliação do aluguel. Além dos clientes da cadeia da cana-de-açúcar, a Unidas atende empresas nos segmentos de madeira e, em menor escala, na fruticultura - Suzano e Agrícola Famosa fazem parte da clientela.

A fabricante Grunner encara a locação como alternativa importante no mercado da cana, embora, na avaliação da empresa, esse caminho ainda não esteja totalmente pavimentado. “Clientes já nos perguntaram se não queríamos fazer locação direta. Não é do nosso interesse, porque, para isso, a empresa precisaria ter outra estrutura, mas entendo a locação como um portfólio de oportunidades de oferta ao cliente”, afirma Denis Grunner, presidente executivo da companhia, conhecida por criar um transbordo a partir de caminhões da Mercedes-Benz. Atualmente, a frota conta com 1.100 equipamentos em campo, sendo 45% via locação.

No cinturão citrícola do país, a Citrosuco também avalia a eficiência da locação. Ao todo, 700 maquinários compõem a frota da empresa, sendo a maioria ativo próprio e algumas operações de locação "full service". Na análise de Tomás Balistiero, diretor de operações da Citrosuco, entre as vantagens do aluguel estão a agilidade na reposição do equipamento, que chega com baixa idade média e costuma ter performance melhor que a do anterior.

“A gente sempre amarra o aluguel ao ciclo de vida daquele ativo. Com isso, você pode renovar sua frota o tempo todo e ter uma capacidade de operação maior”, diz Balistiero. Para tomar a decisão entre compra e aluguel, ele leva em consideração o volume de equipamentos em estoque na montadora, prazo de entrega, reposição de peças e manutenção.

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