Agronegócio
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Por — Para o Valor, de São Paulo


Agricultura tropical exige maior uso de equipamentos como pulverizadores, diz Rodrigo Bonato — Foto: Divulgação
Agricultura tropical exige maior uso de equipamentos como pulverizadores, diz Rodrigo Bonato — Foto: Divulgação

“O Brasil tem tudo para ser um dos maiores mercados de máquinas agrícolas autônomas do mundo. O brasileiro é apaixonado por tecnologia, não apenas no campo, mas na sociedade urbana também. Exemplos não faltam. É um país menos reticente e com mais facilidade de adaptação”. A afirmação é de Christian Gonzalez, vice-presidente da Case IH para a América Latina, uma das fornecedoras de veículos autônomos no país. Mas são outros fatores que deverão alavancar o emprego dessas máquinas inteligentes, como a escassez de mão-de-obra e a necessidade de melhorar a eficiência e a produtividade da agricultura brasileira frente a um mercado cada vez mais competitivo.

Isentos de cabines com operadores, esses veículos agrícolas autônomos - como pulverizadores, colheitadeiras, tratores e drones - podem ser controlados, remotamente, por meio de um simples tablet. No caso de um pulverizador, um único operador pode gerenciar, simultaneamente, o funcionamento de até cinco equipamentos de automação. Essas máquinas caracterizam-se, ainda, por incorporar recursos tecnológicos avançados, como câmeras, sensores, sistemas de inteligência artificial (IA) e “machine learning” (aprendizado de máquina), entre outros.

“Graças à tecnologia avançada, um pulverizador autônomo é capaz de identificar vários obstáculos que surgem na sua rota de ação, desde um simples galho caído no solo até carros e animais. Dessa forma, evita-se acidentes na lavoura”, explica Rodrigo Marcon, gerente de negócios de máquinas autônomas da Jacto. A empresa é pioneira em pulverizadores autônomos. Lançou o primeiro protótipo do Arbus 4000 JV, seu equipamento voltado para a lavoura cítrica, em 2008. “Estamos na terceira geração da máquina, criada para identificar frutos maduros. Além de extremamente veloz, é cerca de 30% mais eficiente que um pulverizador convencional, dotada de cabine e operador, e apta para operar 24 horas por dia”, afirma o gerente da Jacto.

O mercado agrícola brasileiro tem suas peculiaridades, aponta Rodrigo Bonato, diretor de marketing para a América Latina, da John Deere. “Temos uma agricultura tropical. Isso gera uma pressão biológica que obriga os agricultores a aplicarem herbicidas e inseticidas na lavoura em maior quantidade do que em países que têm neve, como inibidor natural de plantas daninhas e insetos. Em função disso, gera-se maior necessidade de uso de equipamentos como os pulverizadores na agricultura tropical”.

Segundo Bonato, autônomos ainda são capazes de aplicar o produto certo, na dosagem correta, no local específico a cada micro ambiente, reduzindo custos e o impacto ambiental, devido a recursos de IA.

Alguns equipamentos estão disponíveis para aluguel, e há empresas que oferecem o serviço para o produtor rural. Esses produtos demandam mão-de-obra qualificada. “Os operadores deverão ter uma visão mais ampla dos mecanismos e processos em uso”, ressalta Hermano Pinto, diretor de tecnologia e infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom. “Existem ainda, no caso de máquinas 100% autônomas, questões legislativas. Não temos atualmente uma [legislação] que assegure que máquinas atuem sozinhas nas propriedades rurais. E, claro, ainda lidamos com dificuldade de conectividade no campo, essencial para que as máquinas autônomas atuem”, completa Gonzalez, da Case IH.

Fornecedores preparam lançamentos para a Agrishow, feira que ocorrerá de 29 de abril a 3 de maio em Ribeirão Preto (SP). A novidade da John Deere é o sistema inteligente de pulverização See&Spray, dotado de “machine learning” e disponível em kits contendo câmeras e sensores, concebidos para a automação dos pulverizadores tradicionais. A tecnologia permitirá a pulverização apenas sobre a planta daninha e com a quantidade necessária de defensivo. “É possível economizar entre 56% a 97% de herbicidas”, afirma Bonato.

A Case IH exibirá colheitadeira Axial-Flow Série 160 Automation. Dotada de recursos de machine learning e IA, a máquina possui quatro modos de colheita, 12 sensores para coleta de dados e capacidade para realizar até 1.800 intervenções diárias durante a colheita, algo que um operador não conseguiria realizar sozinho. Outra máquina, o trator Farmall 75C Elétrico, com 75cv de potência, tem emissão zero e características autônomas. Silencioso, com diminuição de ruído em 95%, é indicado para ambientes controlados como estufas e barracões e pecuária.

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