Agronegócio
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Por Roseli Loturco — Para o Valor, de São Paulo


Os negócios com seguro rural vêm crescendo ao ritmo de dois dígitos desde 2018, ganhando tração a partir de 2020 e avançado quase 40% em 2022, quando atingiram R$ 13,43 bilhões em prêmios, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Isso mostra que os agricultores perceberam a necessidade de contratar o produto, principalmente devido à maior incidência dos fatores climáticos severos, que levaram os sinistros a saltarem para R$ 10,52 bilhões no ano passado, o equivalente a 92,2% do total da carteira.

Outro estímulo ao mercado veio do governo federal, que tem elevado a subvenção para o produto a cada ano safra, tornando o negócio menos arriscado para as seguradoras. O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que este ano será superior a R$ 1 bilhão, serve de ferramenta de política agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária. “E precisa continuar avançando, em especial para pilares estruturantes, com estímulo a boas práticas de produção sustentável e política de massificação do seguro, ampliando o acesso em todas as regiões e sistemas produtivos”, afirma Paulo Hora, superintendente executivo de seguro rural e resseguro da Brasilseg.

A Brasilseg, que detém quase 60% deste mercado, viu sua carteira avançar 51,8% em 2022 e atribui parte desse resultado à expansão do Plano Safra, que trouxe 36% mais recursos para a agricultura nacional em comparação ao ano anterior. “As seguidas perdas ocasionadas pelo fenômeno climático La Niña também têm contribuído para a mudança do olhar dos tomadores de decisão em relação ao seguro, o que influiu diretamente no resultado comercial da seguradora”, observa Hora.

Os negócios mais aquecidos, mais seguradoras têm estruturado produtos, canais e modelos de negócio para oferta dessas proteções. A Sompo é uma das empresas que aceleraram seu desempenho no setor tanto na modalidade máquinas e equipamentos, onde avançou 57% em 2022, em relação ao ano anterior, quanto no seguro agrícola, com alta de 33,6%. E o primeiro trimestre continua acelerado, com avanço de 68,4% no seguro de máquinas e equipamentos e 121,8% no agrícola.

Representando 3,34% do mercado total, a seguradora tem apostado em parcerias, como com a AgTech Garage, para fomento de inovação voltada aos seguros da cadeia produtiva do agronegócio. “Este é um dos segmentos com mais espaço e demanda para inovação e para o surgimento de novas startups com soluções que contribuam com a eficiência, qualidade e sustentabilidade do negócio no campo”, afirma Marcio Martinati, superintendente de agronegócio da Sompo Seguros.

A busca é por acesso a um ecossistema novo de inovação com soluções por meio de geotecnologias como o GPS ou Sistema de Informação Geográfica (SIG), ou ainda sistemas de monitoramento via satélite para acompanhar dados históricos e meteorológicos.

O setor está otimista em relação a 2023 e espera menos efeitos climáticos severos do que no ano passado, e crescimento superior a 10%. A região Sul é a que mais contrata seguro rural, especialmente os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Mas o interior de São Paulo e o Centro Oeste também começam a se destacar, sendo que as culturas de soja, milho e cana se sobressaem. A Allianz, que além do cultivo agrícola cobre também máquinas e equipamentos, alcançou mais de R$ 230 milhões em prêmios nesta modalidade em 2022. Hoje a carteira de agro representa mais de 25% do total da carteira de seguros empresariais da Allianz no país. “A expectativa de crescimento para este ano no seguro rural é superar os 12%”, afirma Luciano Calheiros, diretor executivo de negócios corporativos da Allianz Seguros.

Já a Tokio Marine espera avançar 40% na sua carteira de agroequipamentos este ano e chegar a R$ 160 milhões. No primeiro trimestre, a seguradora teve alta de 34,1%, frente ao mesmo período de 2022. “Temos verificado maior busca pelo seguro de penhor rural e benfeitorias”, afirma Joaquim Cesar Neto, superintendente de produtos agro da Tokio Marine.

Mais recente Próxima Setor de máquinas e equipamentos prevê alta modesta

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