Agronegócio
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Por Domingos Zaparolli — De São Paulo


O setor de máquinas agrícolas já fez chegar ao governo sua demanda para o Plano Safra 2023/24. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) quer R$ 34 bilhões para o Moderfrota, principal linha de financiamento público para compra de equipamentos agrícolas, R$ 11 bilhões para o Pronaf (agricultura familiar) e R$ 10 bilhões para financiar irrigação (Proirriga).

No Plano Safra 2022/23, o Moderfrota, cuja gestão é do BNDES, tinha juros de 12,5%. “Precisamos de um plano robusto, com recursos para o ano todo, com juros compatíveis com a atividade”, diz Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

O plano da última safra limitou o Moderfrota a R$ 8 bilhões, o Pronaf a R$ 3 bilhões e Proirriga, a R$ 1,95 bilhão. Os recursos, disponibilizados em junho, acabaram em outubro. Neste ano, o governo liberou mais R$ 4 bilhões em financiamentos via BNDES para amenizar o recuo de 14,7% nas vendas do setor no primeiro trimestre.

Diante da escassez de recursos e do elevado custo dos juros nos empréstimos com recursos próprios dos bancos, hoje em 17%, o consórcio voltou a ser visto como alternativa pelos produtores. Em 2022, o Bradesco criou o Consórcio Agro, para aquisição de tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores, drones, implementos diversos, silos e imóveis rurais. “O consórcio oferece a possibilidade de aquisição do maquinário sem juros e sem entrada, e o consorciado ainda conta com poder de negociação para pagar o maquinário à vista”, diz Henrique Fernandes, diretor de consórcios do Bradesco.

No Santander, as cartas de crédito são a partir de R$ 500 mil, com taxas de administração a partir de 14%. No BB Consórcio, do Banco do Brasil, as máquinas agrícolas estão na carteira de veículos pesados, que dobrou em 2022 e em fevereiro deste ano chegou a 153 mil cotas comercializadas. O banco oferece possibilidade de aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas novos ou usados com até 12 anos de fabricação.

Outra alternativa é o financiamento por meio dos bancos de fábrica. Em 2022, a carteira de crédito do Banco John Deere alcançou R$ 11 bilhões no Brasil, metade com recursos próprios e metade com repasses do BNDES. O banco disponibiliza taxas a partir de 9,99% ao ano com prazo de três anos para empréstimos em real e de 12,5% ao ano para financiamentos de cinco anos. Se a moeda for o dólar, as são taxas de 6,9% ao ano e o, prazo de cinco anos. Para compra de peças e serviços, a taxa é de 1,19% ao mês em negócios em real, com prazo de até 12 meses. “O aumento dos juros também influencia o mercado de peças, afinal a manutenção da máquina se torna uma necessidade ainda mais latente”, diz Miguel Neto, diretor de assuntos corporativos para a América Latina da John Deere.

A carteira de crédito do Banco CNH Industrial cresceu 41% em 2022, para R$ 19,7 bilhões. Do total, 59% foi para o agronegócio, onde a companhia opera com as marcas Case IH e New Holland.

Outro banco de fábrica é o AGCO Finance, que financia os produtos das marcas Fendt, Massey Ferguson e Valtra e também está disponibilizando consórcios. “ O produtor pode financiar até 100% do valor da máquina agrícola, com o vencimento das parcelas atrelado à safra e disponibilidade de crédito o ano todo, independentemente do Plano Safra e sem vínculo ao BNDES”, diz Alexandre Stucchi, diretor de vendas Massey Ferguson.

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