5G
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Por Carmen Nery — Para o Valor, do Rio


Marcio Carvalho, da Claro: “A penetração de aparelhos 5G na base da Claro é de 8% a 10%” — Foto: Divulgação
Marcio Carvalho, da Claro: “A penetração de aparelhos 5G na base da Claro é de 8% a 10%” — Foto: Divulgação

O número limitado de aplicações relevantes para o dia a dia e os preços dos aparelhos, que apesar de terem caído ainda são altos, limitam a adesão da população ao 5G. Não faltam esforços de operadoras e fabricantes de aparelhos. A implementação das redes 5G avança numa velocidade maior do que a prevista pela Anatel. Há paulatina redução de preço dos smartphones e maior diversificação de oferta - quase 150 modelos, mesmo assim muito abaixo dos mais de mil tipos de aparelhos 4G.

José Felipe Ruppenthal, consultor de redes de nova geração na Kyndryl Brasil, diz que o 5G foi divulgado como transformador na vida das pessoas, e houve frustração porque a quinta geração foi desenhada para conectar e transformar as coisas. Para ele, não haverá impacto direto imediato para o indivíduo como houve com o 4G, uma rede pensada para as pessoas.

“O 5G não é o fim, e sim o meio. Hoje a grande transformação é no B2B, que indiretamente afetará o cidadão. Futuramente, o pilar que atingirá diretamente as pessoas é o de sociedade avançada - veículos autônomos, casa conectada, rede elétrica inteligente. Aplicações mais imersivas de realidades virtual e aumentada poderão ter um boom no entretenimento e na educação num horizonte de três anos”, estima Ruppenthal.

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Vinícius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação da Anatel, diz que as bases para a expansão das redes 5G crescem em ritmo acelerado. “Estamos alcançando a meta de ter aparelhos na faixa de US$ 200. Nos 30% de população já cobertos, há, sim, interesse. Já temos 16 milhões de usuários 5G. Anualmente, há troca de 40 milhões de aparelhos. A expectativa é de troca da maior parte da base nacional para 5G num período de quatro a cinco anos.”

Ainda é preciso uma curva de desenvolvimento das aplicações”
— Carlos Lauria

Carlos Lauria, diretor de relações governamentais e assuntos regulatórios da Huawei, observa que quando o 4G começou, também houve dificuldade de adoção, e a tecnologia começou no país quatro anos depois do lançamento, com aplicações já maduras. “No 5G, o Brasil está entrando praticamente ao mesmo tempo que outros países; ainda é preciso uma curva de desenvolvimento das aplicações”, diz Lauria.

Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, ressalta que ninguém compra um smartphone só porque há uma tecnologia nova; e sim porque chega o momento da troca. “Para alguns segmentos de renda, o smartphone está acessível, mas não para o grosso da massa da população. É preciso uma política tributária que reduza os preços”, analisa Tude.

Marcos Scheffer, vice-presidente de redes e serviços da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, diz que o esforço das operadoras para antecipar as metas da Anatel é notório. “Em um ano e meio de operação comercial, já temos mais de 17 mil torres 5G no Brasil, cerca de 20% de todo o parque de torres no país. Muitos países da Europa, como a Itália, levaram mais de quatro anos para atingir essa penetração.”

Na Vivo, já é possível adquirir smartphones por cerca de R$ 1 mil. A operadora cobre 127 cidades, e 23% da base de clientes pós-pago possuem aparelhos compatíveis com 5G. São 75 modelos de smartphones e tablets disponíveis, e mais de 85% dos aparelhos vendidos já são compatíveis com 5G.

“Quem tem um aparelho compatível e estiver dentro da área de cobertura já pode ter uma boa experiência”, diz Dante Compagno, diretor executivo B2C da Vivo.

A Claro cobre 184 municípios e soma mais de 5,7 milhões de usuários com devices compatíveis conectados. A operadora não compra mais tecnologias anteriores, e o portfólio conta com mais de 50 modelos 5G, com opções abaixo de R$ 1,2 mil no pré-pago e menos de R$ 1 mil no pós-pago.

“A penetração de aparelhos 5G na base da Claro é de 8% a 10%. O 5G é um bebê de apenas um ano e quatro meses, porém mais bem nutrido que o 4G quando tinha essa idade”, diz Marcio Carvalho, diretor de marketing da Claro.

Na TIM, 86% do portfólio é de smartphones 5G. Esses modelos representam cerca de 80% do faturamento e 70% do volume de vendas. Fábio Avellar, vice-presidente de receitas da TIM, diz que a operadora quer estimular a adesão ao 5G por meio de uma campanha que oferece a usuários de outras operadoras um test drive dos seus serviços. O teste oferece pacotes gratuitos de 30 GB, por 30 dias, para aparelhos com eSim - padrão que permite ativar um plano sem precisar usar um cartão físico.

A operadora conta com 6,8 mil antenas, alcançando cerca de 180 cidades. Em seis capitais - Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Recife, Fortaleza e Salvador -, optou por cobrir 100% dos bairros.

“Isso explica esse nosso desafio de colocar nossa rede à prova no test drive, cujo objetivo é mostrar que a experiência 5G é diferenciada, o que já fizemos no Rock in Rio e no Maracanã”, diz Avellar.

Para ele, a velocidade de penetração de smartphones e do consumo de dados do 5G, considerando que a rede foi lançada há um ano e quatro meses, é muito maior do que foi no 4G. Na operadora, 86% do portfólio são smartphones 5G. “O preço do smartphone 5G cai mais aceleradamente do que nas outras tecnologias, mas ainda é alto. As operadoras negociam, pressionam e discutem com os fabricantes, mas não está nas nossas mãos reduzir preços. Uma forma é a desoneração, a outra é eficiência na produção dos aparelhos”, resume Avellar.

Mais recente Próxima Nuvem traz equilíbrio ao desafio da explosão do tráfego de dados

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