5G
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Por Maria Lúcia D’Urso — De São Paulo


Cunha, da CNI: falta conhecimento — Foto: Divulgação
Cunha, da CNI: falta conhecimento — Foto: Divulgação

O emprego da tecnologia 5G na indústria deverá alavancar o desempenho industrial brasileiro, permitindo a digitalização da produção e, com isso, o aumento da produtividade e competitividade, eliminação de desperdícios, melhora na qualidade dos produtos e redução de custos.

“A alta velocidade, a baixa latência (quantidade de atraso que uma solicitação leva para ser transferida de um ponto para outro) e a capacidade massiva de colocar diversos dispositivos na mesma rede são características do 5G. Esses atributos facilitam o uso de tecnologias como internet das coisas (IoT), inteligência artificial e robótica”, argumenta Samantha Cunha, gerente de política industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo Cunha, a tendência para os próximos anos é tanto as máquinas quanto as fábricas se comunicarem entre si, por meio da quinta geração da internet móvel e de novas tecnologias. As aplicações com esses recursos são inúmeras. “O mundo físico se unirá ao ambiente virtual. Isso possibilitará que os gerentes industriais coletem informações sobre o funcionamento dos equipamentos do chão de fábrica e, por meio delas, façam simulações, no mundo virtual, para saber qual é o momento ideal para manutenção preventiva das máquinas”, exemplifica.

Na opinião de Gustavo Correa Lima, gerente de soluções de conectividade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), o 5G será o pilar de sustentação da indústria. Os benefícios trazidos pela quinta geração de redes móveis são muitos. “As fábricas ficarão mais flexíveis, as configurações dos equipamentos mais rápidas, graças à baixa latência, resiliência e confiabilidade dessas redes”, analisa Lima.

A indústria caminha para a aplicação do conceito 4.0, de acordo com Marina Pereira, gerente de pesquisa & desenvolvimento da Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil. “A indústria brasileira está cada vez mais disruptiva, no que se refere à aplicação de novas tecnologias. A automação vem evoluindo nos últimos anos”, ressalta. A GS1 acompanha, há vários anos, por meio de um índice de automação, a adoção de novas tecnologias pela indústria. “No período de 2017 a 2022, detectamos um crescimento de 15% no indicador”, afirma Pereira.

Especialistas dizem, porém, que ainda existem algumas barreiras para o 5G deslanchar na indústria brasileira. “Os principais desafios são o desconhecimento dos potenciais clientes sobre a tecnologia, a falta de entendimento sobre o retorno e identificação do caso de uso adequado e ainda uma certa dificuldade em relação a equipamentos, que ainda não são amplamente disponíveis”, diz Lima. Segundo ele, existe uma certa dificuldade das indústrias em conseguir equipamentos dos diferentes fornecedores, tanto em termos de terminais quanto de infraestrutura. “Nesse sentido, a possibilidade de o CPQD oferecer esses equipamentos no mercado deverá ajudar a sanar um pouco esse problema.”

A falta de infraestrutura adequada na região onde está sediada a indústria do cliente e o alto custo para implementar a tecnologia são outros desafios para a adoção da 5G, de acordo com Cunha. Somam-se a eles outros fatores que dificultam a utilização, como a falta de suporte das operadoras de telecomunicações nos serviços prestados e o alto custo praticado pelas operadoras para o fornecimento e manutenção do serviço.

Pesquisa da CNI mostra que a falta de conhecimento das indústrias sobre a tecnologia atravanca seu o uso. Esse desconhecimento em relação às capacidades do 5G é apontado por quase metade dos empresários. A mostra, que ouviu 1.002 líderes da área de tecnologia de indústrias de pequeno, médio e grande porte, aponta que 47% dos entrevistados têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o tema. O levantamento aponta que apenas 6% das empresas ouvidas empregam a tecnologia. Entre as empresas que não têm conhecimento algum, a pesquisa mostra que 79% não discutem o tema internamente. Esse percentual cai para 43% entre as empresas que disseram ter conhecimento.

A falta de conhecimento não quer dizer que ela não é importante. A mostra da CNI detectou que 61% das empresas a consideram relevante. Já 54% nem sequer discutem a implantação da rede. “O resultado deve-se à falta de conhecimento por parte das empresas”, afirma Cunha. Para amenizar esse problema, a CNI se ocupa de ações para difundir o conhecimento e mobilizar os empresários para empregar o 5G.

A implantação do 5G nas indústrias se viabiliza por três tipos de redes: privativa, quando a rede é independente e administrada pela própria empresa; híbrida, quando o controle é feito por uma operadora pública e alguns recursos são oferecidos à empresa; e pública, quando a rede é fornecida pelas operadoras públicas e compartilhada com outros usuários.

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