Inovação aberta é prática já estabelecida na Lojas Renner, com estratégia assentada de parcerias com startups. Em 2022, isso evoluiu para a criação de um fundo de corporate venture capital (CVC), o RX Ventures, com capital de R$ 155 milhões para investir em ao menos dez startups nos próximos anos. Um dos primeiros projetos foi com a Radar, uma retailtech de Nova York especializada em soluções de controle de estoques e coleta de informações nos pontos de venda - com uso de etiquetas inteligentes (para envio da localização a cada minuto) e visão computacional, com a qual é possível saber quantas vezes uma peça foi manuseada, experimentada, deixada de lado ou comprada - para tomar decisões mais rapidamente.
Outros investimentos foram na Logstore, plataforma que permite analisar as vendas digitais; e na Klavi, que usa IA e open finance para analisar transações e avaliar o perfil dos consumidores.
“Investir não é a linha de chegada para o nosso fundo”, diz Analu Partel, head de novos negócios da Renner. “Também queremos gerar valor nessa relação.” Trata-se de apoiar os empreendedores e ao mesmo tempo extrair benefícios de sua tecnologia para o negócio central. Não surpreende, portanto, que a inovação aberta esteja sendo usada para metas de sustentabilidade que a companhia se impôs. “Queremos ser referência em moda sustentável”, diz Partel.
O objetivo é desenvolver uma cadeia de fornecimento mais circular e regenerativa, neutralizando os impactos climáticos. Para ajudá-la, já foram selecionadas três startups, que estão passando por testes com o apoio e a parceria de diretores internos.