Assassino de Marielle, Ronnie Lessa é transferido para penitenciária de Tremembé

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Lessa estava preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A transferência foi um dos pontos negociados no acordo de delação premiado fechado com a Polícia Federal (PF), em que ele confessou ser o autor dos disparos que também mataram o motorista Anderson Gomes.

De acordo com a defesa, ele pediu para cumprir a pena no local para ficar mais perto da família e porque Tremembé é referência na ressocialização de presos.

A transferência, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi criticada por agentes do sistema prisional e autoridades de São Paulo.

Em nota enviada nesta quinta-feira, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) disse que pediu para Moraes reavaliar a decisão. A entidade afirmou que vem recebendo denúncia que apontam um risco de segurança tanto para Lessa quanto para os policiais penais da unidade.

O ponto do sindicato é que o presídio é dominado por uma facção criminosa historicamente inimiga de milicianos do Rio de Janeiro e que, inclusive, já teria encomendado a morte de Lessa em Tremembé.

No início da semana, Moraes determinou que o ex-policial seja monitorado por vídeo e que até mesmo as conversas entre o ex-policial militar e seu advogado sejam gravadas.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recorreu da decisão e defendeu que a determinação do ministro atinge uma das principais prerrogativas da advocacia.