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Por Mercado Bitcoin

O mercado de tokens não-fungíveis (NFTs) não escapou do ciclo de baixa geral que o setor dos ativos de risco tem vivenciado. Entre setembro e outubro deste ano, o volume de negociações de NFTs caiu 9,57%, apontam dados da plataforma NFTGO, totalizando US$ 408,7 milhões. Comparado aos US$ 5,22 bilhões registrados em janeiro, a queda no volume negociado é de quase 12 vezes.

O resfriamento nas negociações, porém, pode ser o que o mercado de tokens não-fungíveis precisa para se dedicar ao fortalecimento de sua infraestrutura e a novos modelos de negócios. Um desses novos modelos consiste em transformar os NFTs em ferramentas de socialização, dando maior utilidade aos criptoativos. Desses novos caminhos para os tokens podem surgir novos usos, apontam especialistas.

NFTs e comunidades

Os tokens não-fungíveis são tokens únicos dentro de uma blockchain que significam a posse sobre um ativo que, geralmente, é uma arte digital.

Um dos melhores e mais recentes exemplos do uso de NFTs para socialização é o programa “Starbucks Odyssey”. Trata-se de um programa de fidelidade do Starbucks, no qual clientes recebem colecionáveis digitais ao consumir os produtos da marca e estes são registrados em um perfil personalizado. A recompensa pelos colecionáveis é o acesso a experiências exclusivas, que variam de acordo com a quantidade de NFTs coletados.

Além de casos de uso como esse, os NFTs estão ganhando utilidade na formação de comunidades por meio de ingressos para eventos presenciais e comunidades virtuais, como servidores do Discord e de alguns jogos. Além disso, podem ter a forma de certificado de comparecimento a eventos – em todos esses casos, mais do que uma arte ou música, o token é um comprovante de acesso ou de pertencimento.

Para Robson Harada, CMO do Mercado Bitcoin, aplicações como essa tangibilizam o valor e o impacto dos NFTs. Harada ressalta, contudo, que é também necessário melhorar a experiência do usuário por meio de plataformas mais simples. “Muito ainda se limita a carteira, hashes, palavras-chave e outras coisas que acrescentam complexidade e afastam as grandes massas da adoção dos NFTs e Web3 no geral”, comenta.

De qualquer forma, Harada entende que esse é um primeiro passo importante para começar a mudar não apenas o mercado de NFTs, mas a indústria blockchain como um todo.

Mudança de paradigma

Os tokens não-fungíveis, enquanto artes digitais, ainda são muito utilizados para especulação. A queda nos volumes negociados, contudo, fez com que houvesse uma “mudança de paradigma” nesse mercado, avalia Caio Barbosa, co-CEO da Lumx. Barbosa afirma que os NFTs deixaram de ser um fim em si mesmos e passaram a ser usados como títulos para mostrar que o usuário é membro de um espaço, de uma comunidade ou de um grupo.

“Esse título garante acesso a experiências e benefícios exclusivos. Hoje, o que vemos são os criadores e as marcas deixando de tratar NFTs somente como produtos, mas como passes para uma jornada. O pós-venda se tornou muito mais importante do que a própria venda. A cadeia de valor se tornou mais equilibrada entre as partes.”

A utilização de NFTs por empresas, na tentativa de aproximar a marca de seus clientes, continuará “crescendo em ritmo acelerado”, diz Fabio Toledo, gerente geral da BetaBlocks no Brasil. A versatilidade e a facilidade de aplicação dos tokens não-fungíveis em ações de socialização são apontadas por Toledo como características que impulsionarão esse crescimento.

Além disso, assim como Harada, Toledo acredita que é necessário focar também na melhoria da infraestrutura do mercado de NFTs. “É fundamental facilitar esse processo, para que as empresas possam fazer isso de forma simples, sem precisar desenvolver projetos custosos e longos. Esse é nosso foco na BetaBlocks, viabilizando o acesso à tecnologia da Web3 para empresas de todos os segmentos, através de nossas soluções facilmente personalizáveis”, diz o gerente geral da BetaBlocks.

Engajamento e aproximação

Os benefícios dos NFTs como ferramentas para a aproximação de comunidades não são apenas das empresas. Caio Barbosa, da Lumx, acredita que os usuários mais engajados e criativos receberão atenção das marcas, resultando em recompensas ainda não vistas no mercado de NFTs. “O próprio Bored Ape, limitado a 10 mil unidades. São 10 mil pessoas que desenvolvem a marca para o Yuga Labs, que são os criadores.”

Não é o caso, entretanto, de empresas se tornarem organizações descentralizadas, pondera o co-CEO da Lumx. Ele acredita em um meio termo entre a descentralização das comunidades e a centralização das empresas que beneficie ambas as partes. “Isso cria um cenário até mais atrativo para a entrada de novos usuários, onde membros de uma comunidade extraem valor de diversos pontos relacionados ao NFT, e não apenas da coleção principal.”

Para o próximo ciclo de alta do mercado cripto, na visão de Caio Barbosa, os NFTs com utilidade para socialização podem ser os próximos tokens em alta. Ele compara a movimentação de preço do bitcoin, entre 2018 e 2022, com o mercado de NFTs.

“Em 2017, com a entrada de algumas instituições, o preço do Bitcoin não voltou ao patamar entre US$ 1 mil e US$ 2 mil. Consequentemente, a presença dessas instituições fez o preço (do Bitcoin) disparar em 2021. Acredito que acontecerá o mesmo com os NFTs: no ano passado, somente pessoas físicas compraram para especular. Durante esse ciclo de baixa, contudo, as grandes marcas estão entrando e dando utilidade, o que pode fazer o preço saltar no próximo ciclo de alta.”

A facilidade de interoperabilidade entre marcas, para Barbosa, será um dos principais motores da próxima alta dos NFTs. “Esses players interagindo entre si através de tokens ultrapassará a jornada tradicional do consumidor, gerando grande valor”, conclui.

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