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Por Mercado Bitcoin

O crescimento do mercado de criptomoedas visto entre 2020 e 2021 não só tornou essa classe de ativos difícil de ignorar, como também popularizou novos modelos de negócio. Dentre esses novos modelos, a tokenização teve grande destaque. Um estudo da MarketsandMarkets Research, publicado em janeiro deste ano, apontou que o mercado de tokenização vai dobrar de tamanho até 2026, chegando a US$ 5,6 bilhões em valor. Portanto, entender o que é esse processo e suas vantagens é fundamental.

Do mundo real para o digital

Tokenização é o nome dado ao processo que transfere um direito, uma utilidade ou um ativo real para o meio digital. Uma vez no mercado digital, o que foi transferido passa a ser representado como um token dentro de uma blockchain.

Imagine um sistema onde a Carteira Nacional de Habilitação, ou CNH, passa a ser emitida dentro de uma blockchain. Mais precisamente, o documento se torna um token não-fungível (NFT, na sigla em inglês). Pode-se dizer que ele passou por um processo de tokenização.

O processo de tokenização, porém, não para por aí. É possível ainda que um ativo real, por exemplo, seja dividido em frações menores. Desta forma, um título recebível no valor de R$ 10 mil pode ser transportado para o meio digital e se tornar dez tokens de R$ 1.000 cada. É nesse caso de uso que o MB Tokens dedica seus esforços.

O MB Tokens é uma divisão da exchange Mercado Bitcoin, cujo foco é a tokenização. Em 2022, a empresa tem a ambiciosa meta de transformar em tokens R$ 600 milhões de ativos reais. Todos os tokens emitidos são lastreados em ativos reais, ressalta Vitor Delduque, Diretor de Novos Negócios do MB Tokens.

“Trabalhamos com ativos financeiros que podem dar uma boa rentabilidade ao detentor dos tokens. Além disso, esses ativos ajudam pequenos investidores ao facilitar a entrada no mercado, ao mesmo tempo em que auxilia grandes investidores a fugirem do risco de ativos mais voláteis”, completa Delduque. A facilitação no mundo dos investimentos é apontada como um dos pontos fortes da tokenização.

Democratizando investimentos

O fracionamento de ativos em porções menores é um dos grandes atrativos do modelo de tokenização. Ativos antes acessíveis somente a instituições em razão do custo elevado, como precatórios, entram no alcance do investidor do varejo quando são divididos em frações.

Delduque, do MB Tokens, afirma que a capacidade de divisão torna os tokens uma democratização no acesso aos investimentos. Na plataforma da empresa, é possível acessar ativos reais representados por tokens a partir de R$ 100.

Além disso, em razão da volatilidade mais baixa, quando comparados às criptomoedas, os tokens lastreados em ativos reais podem ser a porta de entrada para aqueles que ainda têm receio de adentrar na nova economia digital. “Eles podem começar pelos tokens, que têm mais segurança, menor volatilidade, menor risco, maior rentabilidade em curto prazo, e depois ir conhecendo o terreno para acessarem outros tipos de investimento do mundo digital”, comenta Delduque.

Um portfólio diversificado pode ser construído por meio dos tokens da plataforma, ainda de acordo com Delduque. Ele menciona os ativos digitais baseados no mecanismo de solidariedade da FIFA, que é quando um clube formador de um atleta recebe um percentual do valor pago quando o jogador é transferido.

“Somos a primeira empresa do mundo a tokenizar este direito. Na cesta do Santos, por exemplo, temos Gabriel Barbosa e Neymar. Então, se esses jogadores forem vendidos hoje, a parte que iria para o Santos seria repassada para o detentor do token”, diz o Diretor de Novos Negócios do MB Tokens. “Também temos tokens lastreados em contratos de comercialização de energia elétrica, em fluxo de pagamento e em cotas de consórcio”, completa.

Boa escolha no mercado de baixa

Não é segredo que o segmento dos ativos digitais está em bear market, ou seja, em um mercado de baixa. É justamente neste período, onde criptomoedas podem derreter até dois dígitos no prazo de 24 horas, que ativos tokenizados encontram o “momento perfeito” para receber investimentos, avalia Vitor Delduque.

O membro do MB Tokens menciona ainda o cenário macroeconômico complexo, que envolve ano de eleição, risco de recessão e quedas na bolsa. “No cenário econômico em que estamos, a tokenização pode ser a alternativa de diversificação com baixo risco. E se vier com alta rentabilidade, melhor ainda. Essa é a proposta dos nossos tokens lastreados.”

Regulador vê com bons olhos

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, recentemente tratou a tokenização como principal tendência do mercado e disse que este é um avanço tecnológico que “chegou para ficar”.

Para Delduque, a fala de Roberto Campos Neto sinaliza um “posicionamento favorável” da principal autoridade financeira do país. “Com certeza, isso eleva o MB Tokens a um novo patamar no setor de tokenização de ativos, uma vez que fomos os pioneiros neste setor, trabalhando com isso desde 2018 e trazendo maior alcance aos nossos produtos financeiros”, conclui.

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