Uma família compra uma geladeira, que vem, de fábrica, conectada a uma rede. Ela não só tem a capacidade de avisar quando um determinado alimento está acabando, como também informa, de forma autônoma, quando uma peça começa a funcionar mal. Assim, facilita o trabalho de manutenção preventiva. Esse é um exemplo concreto e elucidativo do impacto da chegada do 5G.
Atualmente, para ter uma geladeira que funcione dessa forma, é preciso configurar o aparelho de forma que ele utilize a conectividade Wi-Fi da residência. Com o 5G, a rede vem embutida no equipamento e pertence ao fabricante.
Não é um detalhe: o 5G muda a indústria de forma definitiva, porque ela agora passa a contar com altíssima velocidade e baixa latência – ou seja, o tempo entre o envio e o recebimento de um pacote de dados.
“O consumidor final vai ter mais benefícios em termos de maior velocidade, maior número de pessoas e objetos conectados. E, para as empresas, o 5G alavanca uma série de outras soluções de transformação digital”, analisa Marcello Miguel, diretor executivo de Marketing e Negócios da Embratel.
Segundo um levantamento realizado pela consultoria Bain & Company, o 5G tende a representar 81% de todas as conexões móveis do Brasil até 2030, e 35% até 2025. O mercado vai alcançar R$ 13 bilhões de valor em 2023 e R$ 74 bilhões até o fim da década, ainda na previsão da empresa.
Esses dados expressivos indicam o quanto a adesão do 5G vai ser acelerada, com grandes benefícios para a economia do país – o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que um aumento de 10% nos serviços de banda larga no Brasil pode promover um crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
“Estamos falando de inteligência artificial, machine learning e soluções de IoT (Internet das Coisas na sigla em inglês) voltadas para o agronegócio”, afirma Marcello Miguel. Fernando Martins, ex-CEO da Intel Brasil, conselheiro e operating partner de fundos de investimento, concorda e cita um exemplo: “Mais de 70% da produção de cana de açúcar é colhida por máquinas interligadas por internet das coisas. O agricultor não produz só milho, produz milho e dados atrelados”.
Já Magdala Novaes, doutora em Bioinformática e coordenadora do Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), acrescenta que o impacto também se desdobra na saúde: “Não só será possível fazer teleconsultas, como enviar sinais para o profissional que está atendendo”.
Atenta aos desafios que esse mundo de coisas conectadas vai trazer não só para agricultura e saúde, mas para todos os setores, a “Embratel se posiciona como um grande digital service enabler, de habilitar todas essas soluções dentro da tecnologia maior que é o 5G, inclusive não só na parte da conectividade e cobertura, mas também de soluções que vem de nuvem, edge computing, inteligência artificial, machine learning e IoT mais efetivo”, pontua Marcello Miguel.
VEJA O 5º EPISÓDIO DA SÉIRE “VAMOS HABILITAR O PRÓXIMO NÍVEL?”
MAIS EM PODCAST
A chegada do 5G, viabilizada pelo leilão de bandas realizado pelo governo federal em novembro, é o tema também do quinto episódio do podcast “Vamos Habilitar o Próximo Nível?”, uma produção Embratel em parceria com o Valor Econômico, disponível nas principais plataformas de áudio.
Participam Silvio Meira, cientista chefe da TDS Company, além de Cristiano Moreira, gerente de Produtos da Embratel, e Luciano Meira, professor do departamento de psicologia da UFPE e um dos fundadores da Joy Street.
“A nova conectividade traz grandes mudanças para os negócios e para as empresas. A densidade da conexão, que alcança 1 milhão de dispositivos por quilômetro quadrado, soluciona uma antiga demanda da indústria 4.0”, avalia Silvio Meira.
“Estamos falando de uma estrutura de rede segmentada pública, porém distribuída de forma corporativa. É uma grande jornada, que já iniciamos”, afirma Moreira. Nesse contexto, defende ele, a operadora muda de papel. “Ela agora é um habilitador digital. É efetivamente a empresa com distribuição no país inteiro, com poder computacional e condições de proporcionar a nova conectividade de forma fluida e segura”.
O varejo e a logística serão profundamente influenciados, ele argumenta: “A capacidade de interagir com o consumidor em tempo real, enquanto ele passa na porta da loja, abre possibilidades muito grandes”.
IMPACTO NA EDUCAÇÃO
Todos os setores tendem a se beneficiar, incluindo a educação. Na previsão do Ministério das Comunicações, redes de telefonia móvel 5G vão conectar 85% das escolas brasileiras até 2028. Atualmente, 26% das escolas brasileiras não têm acesso a internet e 40% não contam com conexões de banda larga.
“As escolas vão incorporar gradualmente o 5G, que pode fortalecer as conexões entre as pessoas, seja no campo da comunicação ou da educação”, defende Luciano Meira no podcast realizado pela Embratel.
A tendência, argumenta ele, é que as ferramentas de realidade aumentada se tornem mais comuns e aceitas com mais naturalidade. “Temos diante de nós novas modalidades midiáticas para comunicação e transmissão de conhecimento, algo que não aconteceu no ensino a distância durante a pandemia. Por outro lado, descobrimos que os educadores não são tão resistentes ao uso de ferramentas digitais como se pensava”, conclui Luciano.
O podcast pode ser ouvido no site da rádio CBN e nas principais plataformas de áudio. Escolha a sua preferida e ouça abaixo:
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