Esta crônica foi inspirada pela recente releitura do intrigante livro "Leio, logo existo", coordenado pelo publicitário Jaime Troiano. O livro reúne profissionais de diversas áreas que compartilham comentários sobre os livros que moldaram suas vidas, fornecendo resenhas e reflexões sobre o impacto dessas leituras em suas existências.
Ultimamente, a mídia tem registrado diversos comentários, cadernos especiais e notícias sobre o universo da leitura no Brasil. A escritora Paola Aleksandra ganhou popularidade nas redes sociais ao compartilhar dicas sobre seus hábitos de leitura, destacando: "leio o que me faz feliz e funciona de forma terapêutica. É como se, mesmo trabalhando muito, eu estivesse reservando um tempo para cuidar de mim, e a leitura proporciona isso".
A psicóloga Graça Maria de Oliveira observa que "os leitores podem depender de pistas sensoriomotoras proporcionadas pela manipulação física do livro". Algumas orientações práticas podem contribuir para aproveitar ao máximo a leitura, junto com o prazer que ela proporciona. Aqui estão algumas delas: comprometa-se com a leitura; estabeleça um horário específico para ler; elimine as distrações; prepare-se antes de começar a ler; faça anotações; crie uma lista de interesses; participe de grupos de leitura.
Até mesmo cafés e bares têm utilizado a leitura como forma de atrair novos clientes. Estabelecimentos combinam gastronomia e coquetéis com uma livraria, especialmente para aqueles que gostam de estar rodeados por obras literárias. Na cidade de São Paulo, muitos desses estabelecimentos estão concentrados na rua Oscar Freire, o centro da vida noturna e dos bares nos Jardins.
A recente morte do livreiro e proprietário da Livraria Cultura, Pedro Herz, foi amplamente noticiada. Para muitos empreendedores do setor, a livraria era uma referência, e Herz defendia a leitura como solução para os problemas do país. Ele afirmou: "não é o livro que vai acabar. É o leitor que vai acabar. E isso é preocupante. A alfabetização deveria começar cedo. Meus filhos começaram a pegar livros mesmo antes de serem alfabetizados, imitando o que eu fazia. A campanha a ser feita é: se você não lê, como espera que seu filho leia?".
Por experiência própria, posso afirmar que a leitura alimenta a imaginação, a fantasia e a criatividade. Muitas vezes, ouvimos que o livro é muito melhor do que o filme baseado nele pois, na leitura, cada um cria a sua própria imagem. Deixo aqui uma provocação: entre em uma livraria e folheie um livro para sentir-se atraído por ele. E incentive amigos e familiares a fazerem o mesmo.