Desde a criação do primeiro Studium Generale, na cidade de Bolonha, em 1088, o embrião do que viria a ser o ensino superior nos moldes atuais, a universidade se consolidou como o lócus da liberdade de pensamento na busca pela verdade, a fortaleza responsável pela preservação do conhecimento e dos valores que moldaram a sociedade e a vida no Ocidente. Ao longo dos séculos, essa edificação se manteve sólida, firme nos princípios e virtudes que serviram de base para a sua construção. A demissão, no início do ano, da presidente de Harvard, Claudine Gay, após acusações de plágio e de leniência com o antissemitismo, foi a ponta do iceberg de uma situação complexa na qual as universidades se encontram. A Torre de Marfim, já vulnerável por conta da enorme crise de propósito que se abateu sobre a academia, desmoronou.
Fundadora do Instituto Península, que atua na formação de professores, é empresária e conselheira do Todos pela Educação e Parceiros pela Educação