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Por , Valor — São Paulo

Após o debate presidencial dos Estados Unidos na última quinta-feira (28), que ressaltou a preocupação de diversos eleitores com a idade e capacidade de governabilidade por mais quatro anos do democrata Joe Biden, uma pergunta se alastrou pelos jornais e TVs americanos: alguém ainda pode substituí-lo nas eleições?

Ainda há tempo para uma mudança nos candidatos que aparecerão na cédula eleitoral. Dentre as possibilidades cogitadas, há dois nomes aparecendo em todas as projeções: a vice-presidente, Kamala Harris, e o governador da Califórnia, Gavin Newsom. No entanto, outras opções, como J B Pritzker, governador de Illinois, Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, e Wes Moore, governador de Maryland, também são mencionadas.

De acordo com reportagem da agência de notícias “AP”, o desempenho de Biden no debate de ontem levou seus próprios partidários a questionar se ele deveria ser substituído nas urnas antes de novembro.

Apesar de haver uma possibilidade de Biden ser substituído, essa não é uma tarefa fácil. As únicas possibilidades do atual presidente dos EUA ser afastado das urnas antes das eleições seria se ele se afastasse por vontade própria de sua candidatura ou se ele mostrasse, por enfermidade ou outra questão, que não está apto a concorrer.

Isso, no entanto, precisaria ser feito até o dia 19 de agosto, data na qual o Comitê Nacional Democrata se reunirá em Chicago para determinar qual candidato será apoiado nas eleições de novembro. Veja abaixo os nomes cogitados pela mídia americana:

Kamala Harris

AP News”, “Business Insider”, “NY Times”, “Financial Times” e outros mencionam Kamala Harris como uma das principais opções para substituir Joe Biden nas eleições de novembro, por ser a vice-presidente e companheira de chapa do atual presidente.

Kamala Harris — Foto: Czarek Sokolowski/AP
Kamala Harris — Foto: Czarek Sokolowski/AP

Apesar de seus cargos, não há nenhum mecanismo eleitoral que faça com que a atual vice-presidente, tanto na Casa Branca quanto nas cédulas, substitua Biden automaticamente nas eleições de novembro.

Harris já foi promotora distrital de São Francisco, procuradora-geral da Califórnia e senadora da Califórnia. Ela também foi a primeira vice-presidente negra, descendente de indígenas americanos e mulher.

Gavin Newsom

Gavin Newsom é o segundo nome mais mencionado na mídia americana para substituir Biden. O atual governador da Califórnia também é ex-prefeito de São Francisco e vice-governador do estado.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom — Foto: Damian Dovarganes/AP
O governador da Califórnia, Gavin Newsom — Foto: Damian Dovarganes/AP

Newsom entrou na corrida para governador em 2018, com políticas de habitação a preços acessíveis e cuidados de saúde universais. Ele alcançou a vitória nas eleições gerais, recebendo quase 62% dos votos, e foi eleito novamente em 2022.

O governador estava presente no debate entre Biden e Donald Trump. Após o desempenho ruim do atual presidente, Newsom disse: ‘Nunca darei as costas ao presidente Biden, não conheço nenhum democrata no meu partido que faria isso."

JB Pritzker

Outra opção para substituir Biden, mencionada pela “Forbes”, “NY Times”, “AP News” e “The Guardian”, é JB Pritzker, atual governador do estado de Illinois.

JB Pritzker, governador de Illinois — Foto: AP Photo/Evan Vucci, File
JB Pritzker, governador de Illinois — Foto: AP Photo/Evan Vucci, File

Pritzker ganhou as eleições para governador de Illinois em 2019 e foi reeleito em 2022. Como governador, ele se tornou conhecido por suas posições liberais, especialmente em políticas relativas ao aborto, direitos LGBTQ+, controle de armas e imigração.

De 2003 a 2007, Pritzker presidiu a Comissão de Direitos Humanos de Illinois e atuou como co-presidente nacional da campanha presidencial de Hillary Clinton em 2008.

Gretchen Whitmer

Gretchen Whitmer é governadora de Michigan há dois mandatos e foi ventilada como uma possível substituta de Biden por “Forbes”, “NY Times”, “The Guardian”, “AP News” e “Business Insider”.

Gretchen Whitmer, governadora do estado de Michigan — Foto: City of Detroit on Flickr
Gretchen Whitmer, governadora do estado de Michigan — Foto: City of Detroit on Flickr

Além de ser governadora de Michigan desde 2009, Whitmer foi membro da Câmara dos Representantes do estado (2001–06) e do Senado (2006–15). Ela é vista como uma possibilidade mais moderada dentro do campo dos Democratas.

Durante seu primeiro ano como governadora, Whitmer supervisionou um projeto de lei bipartidário que reduziu as taxas de seguro de automóveis, se tornou a primeira governadora a anunciar a proibição da venda de cigarros eletrônicos saborizados e se posicionou à favor do aborto.

Wes Moore

Outro nome cotado para substituir Biden, segundo “NY Times” e “Business Insider”, é o governador de Maryland, Wes Moore, que se elegeu com campanhas de combate à desigualdade , à pobreza infantil e às mudanças climáticas.

Wes Moore, governador de Maryland — Foto: AP Photo/Evan Vucci, File
Wes Moore, governador de Maryland — Foto: AP Photo/Evan Vucci, File

Moore é um dos prospectos com o currículo mais ecléticos. O atual governador de Maryland é ex-militar de combate no Afeganistão, já foi banqueiro de investimentos no Deutsche Bank e é um autor de best-sellers.

Moore é o primeiro governador negro de Maryland e o terceiro negro a ser eleito governador em qualquer estado dos EUA.

Ainda há tempo para Biden sair das eleições?

Para que haja uma mudança nas cédulas eleitorais, é necessário que Biden se afaste da corrida por vontade própria até o dia 19 de agosto. Isso acontece porque os delegados dos estados americanos já contabilizaram seus votos para as primárias eleitorais apoiando o atual presidente.

Nos EUA, o presidente é escolhido pelo Colégio Eleitoral, que é composto pelos delegados. Os votos dos eleitores são uma instrução para que os delegados de um determinado Estado votem no representante político.

As regras do Partido Democrata determinam que os delegados que votaram em Biden nas prévias sigam obrigados a apoiá-lo na próxima Convenção Nacional do Partido, a menos que ele abandone a disputa — o que não parece ser uma opção, na medida que Lauren Hitt, porta-voz da campanha do atual presidente, disse que ele não irá desistir.

A Convenção Nacional Democrata será realizada em Chicago, mas, de acordo com a “AP”, o partido realizará uma chamada virtual antes da reunião para nomear Biden formalmente. A data exata para a chamada ainda não foi definida.

O que aconteceria se Biden desistisse da corrida eleitoral?

Na hipótese de Biden desistir de sua candidatura a tempo, não há um mecanismo de sucessão automática para sua vaga na chapa do Partido Democrático, fazendo com que os possíveis candidatos precisem disputar os votos dos delegados.

É necessária maioria simples dos cerca de 4.000 delegados para ganhar a nomeação do partido. Na corrida para sua candidatura, Biden ganhou 3.900 deles, segundo reportagem da “NBC”.

Considerando a dominância de Biden na corrida para sua candidatura, caso ele desistisse, haveria uma disputa aberta para a posição na cédula eleitoral. Caso não seja formada maioria simples para nenhum dos candidatos, o partido também conta com 700 superdelegados — legisladores e dignitários democratas — que têm permissão para votar.

Há, também, a remota possibilidade de Biden ser destituído contra a sua vontade. Isso seria possível caso os delegados, os mesmos que apoiaram-no nas prévias, desertassem em massa. As regras do Comitê Nacional Democrata permitem que os delegados “em sã consciência reflitam os sentimentos daqueles que os elegeram”, ainda segundo a “NBC”.

*Estagiário sob a supervisão de Diogo Max.

Mais recente Próxima Democratas discutem a substituição de Biden na chapa presidencial

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