A proteção de apenas 1,2% da cobertura terrestre pode ser o suficiente para impedir a extinção das espécies mais ameaçadas do mundo, segundo estudo publicado na revista científica “Frontiers in Science”.
A pesquisa identificou 16.825 locais de preservação - chamados pelo estudo de imperativos de conservação - que cobrem o equivalente 1,6 milhões de quilômetro quadrados e que seriam o suficiente para impedir a extinção das espécies mais ameaçadas do mundo. O custo para estabelecer essas áreas seriam de US$ 29 bilhões a US$ 46 bilhões em cinco anos.
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Os cinco principais países do mundo com o maior número de imperativos de conservação são as Filipinas, Brasil, Indonésia, Madagascar e Colômbia, que juntos representam 59% de todas as áreas consideradas necessárias para serem preservadas. Mais de 87% de todos os imperativos de conservação estão localizados em apenas 30 países.
Do total das áreas consideradas imperativos de conservação, cerca de 38% estão a pelo menos 2,5 km de áreas protegidas já estabelecidas, o que pode facilitar o processo de preservação.
O estudo afirma que as áreas que precisam se tornar imperativos de conservação poderão ser criadas por uma combinação de compras de terras, expansão de terras indígenas e criação de áreas protegidas em terras de propriedade do governo.
O estudo foi elaborado ao comparar dados globais sobre mamíferos, aves, répteis, anfíbios e plantas com áreas protegidas existentes, utilizando análises por satélite para identificar o habitat restante para espécies ameaçadas.