Sonda da China que explorou lado mais distante da lua volta à terra

A sonda pousou hoje na Região Autônoma da Mongólia Interior, segundo imagens da mídia estatal. Helicópteros desceram no local de pouso após a agência espacial da China declarar que a missão foi um "sucesso completo".

A sonda Chang'e 6 havia sido lançada a bordo de um foguete no dia 3 de maio. Um mês depois, em 2 de junho, a espaçonave pousou em uma cratera chamada Bacia do Polo Sul-Aitken, no lado mais distante da lua. A sonda coletou cerca de 2 quilos de amostras de rocha e solo para serem analisadas na Terra, segundo a mídia estatal.

"A análise dessas amostras tem o potencial de fornecer descobertas significativas sobre as diferenças entre o lado próximo e o lado mais distante da lua e oferecer análises sem precedentes sobre a história e evolução da formação da lua", disse Dimitrios Stroikos, pesquisador de relações internacionais na London School of Economics, cuja pesquisa inclui o programa espacial da China.

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) disse em nota que a cápsula está em "condição normal" e que "após o processamento necessário em solo ser concluído, o módulo de retorno recuperado da Chang'e 6 será transportado para Pequim para abrir a cabine e remover o contêiner de amostras e seu conteúdo."

A mais recente missão chinesa ocorre enquanto a lua volta a estar no foco dos programas espaciais de EUA, Japão e Índia.

A NASA dos EUA, a primeira a pousar astronautas na superfície lunar em 1969, está se esforçando para repetir o feito no Polo Sul da Lua até o final de 2026 com o programa Artemis.

A CNSA pretende colocar uma tripulação humana na lua até 2030 e também planeja estabelecer uma estação de pesquisa no Polo Sul com a Rússia e outras nações para explorar recursos, que se acredita incluir gelo de água.