Fundos de Investimento
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Por Mônica Magnavita — Para o Valor, do Rio


Os fundos long and short e long biased são considerados alternativas de diversificação de portfólio para investidores interessados em alocar parcela do patrimônio em renda variável, visando bons retornos em momentos de maior volatilidade. Isso, porque ambos pertencem à classe de fundos que podem ganhar tanto na alta, quanto na baixa do mercado de ações, já que operam nas duas pontas, comprados (long) e vendidos (short). Os que se destacaram no “Guia de Valor de Fundos de Investimento” aqueles que ofereceram as melhores relações de risco/retorno nos três últimos anos encerrados em 31 de março.

O Icatu Vanguarda Igaraté Long Biased é um deles. Os gestores creditam o bom desempenho a dois fatores básicos: análise sistemática do cenário macroeconômico e das empresas que compõem o portfólio do fundo, além de derivativos para proteger posições tomadas, em maior escala que os demais da mesma categoria. “Nos diferenciamos pela gestão ativa em relação à exposição em bolsa, de zero a cem, dependendo do cenário macro. Nos preocupamos com o aspecto macro e micro e com a proteção do portfólio”, diz Luiz Missagia, gestor do Igaraté. A volatilidade é baixa, girando em torno de 6%, bem inferior aos cerca de 20% do Ibovespa. “A relação risco/retorno é nosso grande foco”.

O fundo, com patrimônio de cerca de R$ 700 milhões, pode alocar até 20% em ativos no exterior (a opção recaiu sobre os Estados Unidos, Nasdaq e S&P), alternativa usada para melhorar a diversificação. “Temos dois terços em ações e cobrimos essa posição com derivativos”. A gestão também se vale de futuro de dólar e de renda fixa como hedge da carteira, composta por ações líquidas, como Petrobras, Itaú, BTG Pactual, Sabesp e papéis da Nasdaq. O benchmark do fundo é o IMA-B 5.

As perspectivas para 2024 são de manutenção de patamar de juros no mercado americano, decorrente do nível de atividade forte da economia e da resiliência da inflação no setor de serviços. No Brasil, a tendência é de Selic em queda, mas inferior ao ritmo projetado pelo mercado. “Vai ser um ano turbulento. A discussão é sobre quando e a que passo os juros cairão. O mercado não subirá em linha reta, vai oscilar”, diz. A troca de comando do Banco Central, no fim do ano, gera incerteza, mas o pano de fundo é positivo. O maior estresse vem da subida do dólar, no curto prazo, e da questão fiscal. “Os ativos estão baratos, tanto bolsa quanto renda fixa, porém precisamos ver mais serenidade fiscal”, avalia Missagia.

A Ibiuna Investimentos é gestora de dois fundos que se destacaram em duas categorias, Long Short e Long Biased. O primeiro, o Ibiuna L&S, com R$ 2,1 bilhões de patrimônio, só opera com ações em carteira, tanto na compra quanto na venda de papéis de empresas correlacionadas. Por exemplo, comprando um banco e vendendo uma seguradora. A estratégia é montar posições combinadas long e short, protegendo a carteira de riscos de mercado que não podem ser controlados, como o de juros e moeda. “Procuramos ter posições protegidas, é o que faz a diferença. Estamos comprados em Petrobras e uma das coisas que usamos como hedge é vendermos uma parte da posição em Petrobras em óleo futuro e em índice futuro. Esse combo tira o risco de oscilações de preço do petróleo”, diz André Lion, sócio e diretor da gestora. A estratégia deu resultado. “Ganhamos bastante dinheiro com Petrobras”, diz.

O universo de cobertura do fundo, que tem o CDI como benchamark, são empresas brasileiras, incluindo as que operam nos Estados Unidos. A escolha das investidas demanda uma equipe de 12 pessoas que acompanham de perto o desempenho de 150 companhias, submetidas à análise fundamentalista. “Projetamos os resultados para avaliar se ação está cara, barata ou ok. Se estiver cara, é uma candidata para fazer um short, se estiver barata, long”, diz Lion. Vivo, TIM, Petrobras, Renner, Localiza, Itaú, BRF, JBS, Porto Seguro, Bradesco, Santander e BB Seguridade estão no radar. As posições nunca são setoriais; a escolha é da empresa. A estratégia do long biased segue essa linha, com a diferença de captar o movimento do mercado, do Ibovespa, operando com cerca de 50% a 70% comprado.

Em momentos ruins ficamos alocados, e nos de maior euforia, vendemos e fazemos caixa”
— Roberto Esteves

Outro destaque foi o long biased da Guepardo, gestora com R$ 4,5 bilhões em carteira. Focado em cerca de 14 empresas, o fundo obtém ganhos com operações compradas, embora o mandato permita posições vendidas. “É um fundo mais tático. Em momentos ruins ficamos totalmente alocados, e nos de maior euforia, quando os ativos estão próximos do valor justo, vendemos e fazemos caixa”, diz Roberto Esteves, sócio e diretor da Guepardo.

Nos últimos três anos, houve momentos em que o fundo estava cerca de 60% (a diferença é aplicada em títulos públicos) comprado; em outros, 100%. “Quando investimos, olhamos vários anos à frente. Não ficamos comprados em Ibovespa, mas em empresas selecionadas pela qualidade e pelo valor justo. Algumas, sequer estão no Ibovespa. Temos um filtro qualitativo que exclui cerca de 80% da bolsa. Gostamos de distribuição de combustível, shopping center, papel e celulose”, afirma.

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