“Pandemia deixou claro que somos altamente interdependentes”

Para presidente do Santander, Sérgio Rial, crise provocou união de cidadãos, empresas, ONGs e governos, além da valorização do meio ambiente

Por Santander


Cidadão Global Reprodução

Mesmo diante do cenário difícil e complexo deixado pela disseminação do novo coronavírus, Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil, mostrou-se otimista em relação às mudanças de comportamento trazidas pela pandemia. Ao abrir a terceira edição do Cidadão Global, na manhã de ontem, o executivo ressaltou o espírito de solidariedade que perpassou diferentes setores da sociedade neste ano, em todos os cantos do planeta.

“Que este evento seja uma experiência da alquimia da esperança”, desejou Sérgio ao iniciar sua fala. “A verdadeira criação acontece na interação humana”, prosseguiu o executivo, destacando uma marca do Cidadão Global que é unir vozes com grande capacidade de transformação.

Para o executivo, existe uma expectativa real de que as pessoas mantenham uma conexão solidária com o planeta e entre elas mesmo depois que a crise sanitária passar.

Nas palavras de Sérgio, o “fechamento do planeta” teve um papel transformador para os cidadãos. Primeiro, por levar a uma série de reflexões sobre o modo de vida da atualidade e a respeito das formas de relacionamento.

Mas também por estimular de maneira ímpar, de um jeito jamais visto nos tempos modernos, a mobilização social, com a adesão em diferentes níveis da sociedade – com o envolvimento de cidadãos, empresas, ONGs e governos.

Da mesma forma, a tecnologia também acabou por ter um papel importante em um momento de isolamento social no planeta. “Isso serviu não apenas para refletirmos, mas para termos uma mobilização social muito diferente da que foi feita antes. Primeiro,houve o retorno a casa, e isso levou a uma reconexão com a família, os filhos, os amigos. Nesse contexto, surgiram as lives para preencher um vazio existencial”, analisou.

A adaptação, lembrou o presidente do Santander, não foi fácil. As relações de trabalho passaram a ser a partir de casa. Assim, o ambiente familiar precisou ser produtivo, mas sem deixar de ser acolhedor.

“Além disso, a interdependência humana ganhou outro papel. Vimos antes um movimento contra a globalização, mas a pandemia deixou claro que somos altamente interdependentes, não só na questão humana”, pontuou.

Em outro momento importante, o presidente do Santander Brasil falou sobre a nova forma de as pessoas se relacionarem com o meio ambiente e terem um novo olhar sobre cenas que antes vinham passando despercebidas.

“O pôr do sol e o nascer do sol passaram a ser um evento. De uma hora para outra, admirar a Baía de Guanabara (Rio de Janeiro) ou um rio no interior do país passou a ser um evento. Tudo isso tem ajudado na nossa reconexão com o planeta.”

A pandemia e seus impactos cruéis na saúde da população e na economia das nações provocaram uma reação inédita, na visão de Sérgio, em empresas que atuam no mesmo segmento, como é o caso do setor bancário.

“Vi por parte dos bancos que não somos adversários, mas concorrentes que se mobilizaram em torno de algo muito maior, o bem-estar da sociedade. Da mesma forma, essa mobilização aconteceu na sociedade como não se via há muito tempo.”

Por fim, Sérgio falou aos internautas que acompanharam a live do evento Cidadão Global sobre um despertar importante trazido pela crise sanitária global, que é a valorização da liberdade.

“A partir de agora, espero que a pandemia pontue valores, como a inclusão e a amplitude da espécie humana, para que possamos entender que fazemos parte de um planeta, de algo muito maior. Que sejamos capazes de domesticar a violência, a indiferença, o egoísmo exacerbado que cada um carrega”, concluiu.

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