Parcerias aceleram a inovação e reduzem riscos

Ao formar ecossistemas, as organizações maximizam o retorno do investimento, reduzem o tempo de desenvolvimento e compartilham a expertise de profissionais de diferentes áreas

Por EY


Parcerias aceleram a inovação e reduzem riscos Divulgação

Dentro de dois anos, seis em cada dez das empresas listadas no ranking Global 2000 da revista Forbes terão implementado algum ecossistema de desenvolvimento digital. A previsão é da IDC, com a qual a EY concorda: a pesquisa global “Tech Horizon: Leadership perspectives on technology and transformation”, realizada pela empresa, indica que 68% das organizações citam as parcerias por inovação como uma estratégia prioritária para os próximos 12 meses.

“Vivemos uma realidade exponencial, em que inovar é necessário, mas complexo. Demanda capital e a formação de equipes multiprofissionais, com capacidades com as quais nem sempre a organização conta em seus quadros”, explica Miguel Duarte, sócio da EY-Parthenon.

Buscar o trabalho conjunto permite solucionar uma série de desafios, prossegue ele. “Quem inova sozinho investe muito mais dinheiro, age de forma mais lenta e assume os riscos sozinho. Parcerias permitem compartilhar custos, maximizar o alcance das soluções, com agilidade. É uma combinação entre maximizar o compartilhamento de skills, minimizar a necessidade de capital e fazer tudo isso da maneira mais rápida possível”.

Cenário de desconfiança

A pesquisa da EY aponta que alguns setores vêm adotando parcerias com mais velocidade. Destaque para o setor financeiro: 83% das companhias do setor apostam nessa estratégia, um percentual superior aos 72% da média global.

Por outro lado, no geral, 54% das organizações ouvidas pela EY ainda se declaram céticas quanto às oportunidades proporcionadas pelas parcerias, porque levam em consideração a dificuldade em desenhar soluções escaláveis que gerem valor para todos os envolvidos.

Além disso, para 42% das companhias, as parcerias em busca de inovação podem prejudicar a cultura interna das corporações – sinal de que, para parte expressiva das lideranças, os riscos de trabalhar em conjunto ainda se sobressaem aos benefícios.

Miguel Duarte lembra que mudar a cultura organizacional não representa um prejuízo. Ao contrário, é um passo importante. “Para trabalhar com parcerias, a empresa precisa de um mindset colaborativo. Tem que deixar de ser uma ação reativa e circunstancial para fazer parte da rotina”.

Empresas que já realizaram essa mudança cultural, diz o especialista, mantêm-se em busca constante por parceiros. “Mapear de forma proativa quem pode trazer experiências, capacidades e conhecimentos é um instrumento de gestão cada vez mais estratégico”, declara o sócio da EY-Parthenon. O resultado é a formação de grupos de empresas capazes de incorporar uma estratégia de “plug and play”.

Vantagens estratégicas

“A capacidade de pegar algo de fora, rapidamente conectar e continuar o jogo, já diferencia os líderes de mercado. Não pode ser burocrático e moroso. As organizações mais promissoras são aquelas construídas para conectar rapidamente e ajustar estratégias em questão de dias”, diz Duarte.

Mas como buscar essa mudança cultural, quando os executivos nunca fizeram isso antes? “Os líderes estão acostumados a seguir receitas de sucesso, que já deram certo no passado”, avalia o especialista. “Agora eles precisam abandonar essas antigas práticas e arriscar novos aprendizados. Enquanto não conseguem, suas empresas ficam bloqueadas – e essa trava está no domínio da tática, e não da estratégia”.

A EY disponibiliza ações de suporte a fim de alcançar essa mudança expressiva. Seus profissionais trazem insights para permitir que as organizações alcancem as quatro receitas fundamentais para formar ecossistemas de sucesso.

A primeira é a abordagem centrada no ser humano, a fim de resolver os desafios tecnológicos, tanto internamente quanto com os clientes. A segunda é o desenvolvimento de uma cultura colaborativa e inclusiva, capaz de aproveitar ao máximo o potencial das novas ferramentas, sem perder o foco nas pessoas.

A terceira receita, apoiada nas duas anteriores, é definir uma estratégia de arranque e expansão, apoiada na parceria entre empresas novas e as mais tradicionais, de forma a unir a agilidade e a engenhosidade das primeiras à estabilidade dos processos das maiores.

Por fim, é fundamental delinear contratos robustos e processos internos que garantam segurança jurídica no longo prazo. Afinal, há muitos detalhes a alinhar previamente, incluindo o compartilhamento de pessoal e processos.

É possível para cada empresa, de qualquer porte e setor, realizar todos esses passos e, assim, formar ecossistemas a fim de alcançar o grau de inovação necessário para se diferenciar no mercado.

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