Dívida Pública Federal alcança R$ 6,9 trilhões em maio, alta de 3,10%, mostra Tesouro

Considerando os números do Plano Anual de Financiamento, a DPF encerrou o quinto mês de 2024 fora dos limites

Por e , Valor — Brasília


A Dívida Pública Federal (DPF) terminou maio em R$ 6,912 trilhões, conforme divulgado nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional no Relatório Mensal da Dívida. O número representa alta de 3,10% em relação ao mês anterior.

Considerando os números do Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF encerrou o quinto mês de 2024 fora dos limites, que variam entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões no ano.

Já a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) alcançou R$ 6,626 trilhões, alta de 3,16%. Por sua vez, a Dívida Federal Externa somou R$ 285,47 bilhões (US$ 54,46 bilhões), alta de 1,77%.

As emissões da DPF corresponderam a R$ 172,25 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 25,54 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 146,71 bilhões. Deste total líquido, R$ 147,33 bilhões referem-se à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e R$ 0,62 bilhões referem-se a resgate líquido da Dívida Pública Federal Externa.

O percentual vincendo em 12 meses da DPF ficou em 14,78%, contra 14,70% no mês anterior.

Por fim, o prazo médio ficou em 4,08 anos, contra 4,13 anos. Considerando a metodologia "Average Term to Maturity", que permite melhor comparação do Brasil com outros países, a vida média da DPF passou de 5,47 anos para 5,40 anos.

O custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPF fechou maio em 10,56%, contra 10,63% ao ano registrado no mês anterior. Já o custo médio da DPMFi ficou em 10,63%, depois de marcar 10,70%.

No caso das emissões, o custo médio em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,10% em maio (contra 11,16%). Nesse caso, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) tiveram custo médio de 10,56% (10,66%), enquanto o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) fechou o mês em 10,89% (10,92%). As NTN-B tiveram custo de 10,57% (10,11%) e as LFTs saíram a 11,50% (11,77%).

A participação de investidores não residentes na DPMFi variou de 9,80% em abril para 9,76% em maio. Em valores absolutos, a fatia saiu de R$ 629,54 bilhões para R$ 647,08 bilhões.

Os fundos de investimento ficaram com participação de 22,73% (22,98% em abril). As instituições de previdência fecharam em 22,90% (23,51%). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 30,41% (29,23%). O governo respondeu por 3,60% (3,82%). Já as seguradoras ficaram com 3,89% (3,98%).

O colchão de liquidez da dívida pública terminou maio em R$ 1,031 trilhão, contra R$ 884,52 bilhões em abril. O colchão é suficiente para cobrir 8 meses de vencimentos de títulos à frente. Em abril, o colchão era suficiente para cobrir 8,35 meses de vencimentos à frente.

Papéis pós-fixados

A participação dos papéis pós-fixados (taxa flutuante) na DPF variou de 43,11% em abril para 43,78% em maio. Pelos limites do PAF, esta participação deve variar entre 40% e 44% em 2023.

Já os títulos prefixados representaram 22,68% da DPF (contra 22,68% da DPF em abril). Os papéis ligados a índices de preços representaram 29,43% do total (30,04% em abril). Já aqueles ligados a câmbio ficaram em 4,11% (4,16%).

Pelos parâmetros do PAF, a participação dos papéis prefixados deve ficar entre 24% e 28% da DPF em 2024. Já os atrelados a índice de preços devem variar de 27% a 31% e os papéis ligados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7%.

— Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Mais recente Próxima Análise: Galípolo nega que BC vá se acomodar à situação fiscal e elimina dúvida sobre meta contínua

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!