'Estamos entrando na era dos pagamentos invisíveis', diz vice-presidente da Getnet

Mayra Borges destaca que já existe pagamento por biometria facial, e algumas experiências mais futuristas, como tagueamento

Por , Valor — São Paulo


Biometria facial Pixabay

Se há poucos anos a preocupação da indústria de pagamentos era garantir uma transação com menos fricção para o cliente, hoje o mundo e o Brasil estão entrando na era dos pagamentos invisíveis, comentou a vice-presidente de negócios da Getnet, Mayra Borges, durante painel na Febraban Tech.

"Já existe pagamento por biometria facial, e algumas experiências mais futuristas, como tagueamento, em que você pega uma peça de roupa em uma loja e ela automaticamente entra em um carrinho virtual, debitando do cartão na saída da loja. Mas os pagamentos invisíveis também englobam os recorrentes, como colocar a mensalidade da escola, o condomínio, no cartão de crédito", comentou.

O diretor de meios de pagamento e serviços bancários do Banco do Brasil, Pedro Bramont, lembrou que há dez anos a instituição lançou uma pulseira Ourocard de pagamentos - antes dos smartwatches - mas muitos clientes acabaram não se adaptando. "Hoje existem tecnologias novas, como biometria facial, ou mesmo implantes subcutâneos, mas ainda existe uma barreira em termos de custo e também de segurança", comentou.

O presidente da Visa no Brasil, Nuno Alves, lembrou hoje em dia que já existem deepfakes que imitam a voz ou a imagem de uma pessoa com bastante fidedignidade. "Eu adoraria entrar no metrô sem fazer nenhum movimento para pagar, só com a minha biometria. Mas se der algum problema, como a gente contesta?", questionou. Ainda assim, ele disse que estudos apontam que o ser humano toma em média 95 mil decisões por dia, muitas delas de forma automatizada, e que alguns pagamentos se incluem nessa categoria.

Sobre o Pix, Mayra disse que ainda existem alguns pontos de fricção para o pagamento. Ela conta que, quando a Getnet resolveu colocar o pagamento com Pix dentro das maquininhas de cartão, havia certo ceticismo do mercado, já que nesse caso o lojista paga uma taxa. "O que vimos, no entanto, vou uma adoção exponencial, por dois fatores. O primeiro é a segurança, já que o QR Code dinâmico é mais seguro que o estático, e também tem clientes que gostam de receber o comprovante em papel. E o segundo fator é a conciliação, porque, com o Pix integrado na maquininha, o lojista não precisa conciliar aquilo separadamente".

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