Drex seguirá mesmo com mudança de presidente do BC, diz coordenador do real digital

Tecnologia entra no segundo semestre em sua próxima fase de testes

Por , Valor — São Paulo


Fabio Araujo, coordenador do projeto-piloto do Drex Raphael Ribeiro/BCB

O coordenador do Drex no no Banco Central, Fabio Araujo, disse que o Drex seguirá mesmo quando ocorrer a mudança de presidente do BC. O mandato do atual chairman do BC, Roberto Campos Neto, acaba em dezembro, e por conta dos atritos entre ele e o presidente Lula, é certa a troca de comando.

“O próximo presidente do BC pode trazer novos produtos na agenda de inovação, mas os programas atuais seguem”, defendeu Araujo. De acordo com ele, cada presidente tem uma visão de para onde o mercado pode caminhar, mas a agenda de inovação é muito consolidada e a sociedade vai continuar contribuindo com o avanço da agenda de desenvolvimento do sistema financeiro.

O Drex entra no segundo semestre em sua próxima fase de testes, que será focada em casos de uso nos quais a versão digital tokenizada do real e sua infraestrutura em registro distribuído pode ser mais eficiente do que a tecnologia atual.

“Nessa segunda fase, para aproveitar e não quebrar o desenvolvimento do Drex, os consórcios já puderam apresentar casos de uso e faremos um processo de seleção aberto para que outros participantes possam propor mais casos de uso e entrar, aumentando ainda mais a complexidade do ecossistema no início de 2025”, destacou.

De acordo com Araujo, além da privacidade, a escalabilidade será um processo importante para os consórcios da iniciativa privada que estão colaborando com o piloto. Outro ponto que ele disse ser importante é a questão da identidade digital. “Temos muito a ganhar com credenciais identificadas no Drex e no open finance”, ressaltou.

Araujo aponta ainda que em um ambiente como o Drex, que além dos agentes vivos, possui os automáticos como os smart contracts (contratos inteligentes), também precisarão de credenciais.

“Quando usamos informação de fora precisamos de muita clareza da governança daquela informação. Não pode qualquer um soltar um smart contract a qualquer hora. Se alguém colocar um smart contract do nada dentro da rede, ele não poderá fazer alterações, precisa de credenciais para operar na rede.”

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