A Adidas disse que está investigando possíveis violações de conduta na China, após receber uma carta alegando que executivos do país receberam milhões de dólares em propinas de prestadores de serviços. A investigação surge num momento em que a empresa alemã de vestuário desportivo procura reanimar a sua sorte na China, como parte de um esforço mais amplo para revigorar a marca mundialmente.
A Adidas disse, nesta segunda-feira (17), que recebeu, em 7 de junho, uma carta sinalizando possíveis violações de corrupção na China e que agora estava investigando o assunto com um consultor jurídico externo.
Uma carta que circulou nas redes sociais chinesas acusou os executivos da Adidas no país de receberem descontos pessoais de vários prestadores de serviços de marketing no país. Os autores da carta afirmam ser funcionários de longa data da Adidas na China.
“A Adidas leva muito a sério as alegações de corrupção e está claramente comprometida em cumprir os regulamentos legais e internos e os padrões éticos em todos os mercados onde operamos”, disse um porta-voz.
A investigação sobre as alegações foi relatada anteriormente pelo “Financial Times”. As ações da Adidas caíram cerca de 4% no início da tarde na Europa.
No ano passado, as vendas da Adidas na região que inclui China, Taiwan, Hong Kong e Macau aumentaram 8% numa base cambial neutra, para 3,19 bilhões de euros, o equivalente a cerca de US$ 3,41 bilhões, representando cerca de 15% do lucro total do grupo.
Para 2024, a Adidas disse que prevê um crescimento de dois dígitos nas vendas subjacentes na China, ao mesmo tempo que alerta que o impulso na região tem sido mais fraco do que o esperado.