O dólar e os juros futuros foram às máximas da sessão, no momento em que o mercado continua a embutir prêmios de risco nos ativos domésticos, em sinais renovados de desconfiança dos agentes com a política econômica. O movimento se intensificou no fim da manhã, em meio ao leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional, que não efetuou a colocação integral dos papéis no mercado, ao mesmo tempo em que os agentes se mostraram atentos a declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ainda no fim da manhã, houve alguma pressão técnica de alta sobre as taxas dos DIs durante o leilão de prefixados. De acordo com um trader de renda fixa, o mercado puxou para cima os juros para aproveitar o volume maior de emissão de títulos do Tesouro para realizar lucros de parte das posições mais cautelosas. Pouco depois, declarações de Campos Neto sobre o câmbio, ao afirmar que o BC não faz intervenções no mercado visando nível para o dólar, pressionaram os ativos, em um “teste” do mercado à autoridade monetária.
Por volta de 12h40, o dólar subia 0,25% no mercado à vista, negociado a R$ 5,5324. Já no mercado de juros, a taxa do DI para janeiro de 2026 avançava de 11,265% no ajuste anterior para 11,38%; e a do DI para janeiro de 2029 escalava de 12,07% para 12,19%.