A política fiscal expansionista em curso desde as eleições de 2022 obstruiu alguns dos principais canais de transmissão da política monetária, mas não inviabiliza o uso desse instrumento para cumprir a metas de inflação. Essa é a opinião do ex-diretor do Banco Central (BC) Tiago Berriel, que em 2015 foi um dos primeiros a alertar que o governo Dilma caminhava para uma situação de dominância fiscal, uma anomalia em que apertos monetário levam a uma aceleração da inflação, em vez de baixá-la.