Finanças
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE
Por , Valor — São Paulo

A postura conservadora de comentários recentes de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) às vésperas da divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) provoca em Wall Street uma sessão de busca pela segurança dos Treasuries e do dólar. Com isso, os rendimentos dos títulos americanos sobem, em especial na ponta longa, enquanto a moeda americana tem apreciação firme ante pares, movimento que leva o iene às mínimas registradas em 1986 e eleva a chance de uma intervenção pelo Ministério das Finanças do Japão.

Por volta de 13h00 (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos exibia leve alta de 4,753%, no fechamento de ontem, a 4,755%. Já o rendimento da T-note de 10 anos subia em ritmo forte, de 4,252% a 4,312%, assim como o do T-bond de 30 anos, que avançava de 4,382% a 4,443%.

Após uma abertura negativa, as bolsas de Nova York se recuperaram neste início de tarde e passaram a anotar alta uniforme, ainda que sob ritmo modesto. No horário citado anteriormente, o índice Dow Jones subia 0,07%, a 39.137,74 pontos; o S&P 500 avançava 0,07%, a 5.473,04 pontos; e o Nasdaq tinha alta de 0,38%, a 17.785,10 pontos. Ações de algumas das principais big techs americanas, como Apple (+2,5%), Amazon (+2,75%) e Tesla (+4,3%), sustentavam o movimento positivo.

O teor conservador em discursos divulgados ontem de Michelle Bowman e Lisa Cook, diretoras do comitê de política monetária do Fed, ainda repercutem entre os ativos à medida que o mercado se aproxima da leitura de maio do índice de inflação do PCE, que sairá na sexta-feira (28). O dado é usado como referência para as decisões de política monetária do banco central americano.

No câmbio, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis pares, exibia alta de 0,42%, a 106,054 pontos, batendo o patamar de 106 pontos pela primeira vez desde o começo de maio. O euro recuava 0,48%, a US$ 1,0680, pressionado pela posição defensiva do mercado antes das eleições parlamentares na França, de acordo com o estrategista de câmbio do ING, Francesco Pesole. O pleito vai de 30 de junho a 7 de julho.

“Os mercados parecem estar se reconciliando com a perspectiva de uma vitória do Reagrupamento Nacional (RN) e com o impasse parlamentar, especialmente depois que o partido de [Marine] Le Pen tentou aliviar as preocupações do mercado com relação ao lado fiscal. Suspeitamos que os investidores permaneçam muito mais sensíveis a um resultado melhor do que o esperado da Nova Frente Popular, que recentemente anunciou um plano de gastos de 25 bilhões de euros para 2024, seguido por outros 150 bilhões até 2027, e agora é visto nos mercados como uma ameaça maior do ponto de vista da estabilidade fiscal”, diz Pesole.

Dentre as principais moedas globais, a mais penalizada segue sendo o iene. O dólar subia 0,62%, a 160,684 ienes, no começo da tarde, após bater máxima diária a 160,8 ienes, maior cotação desde 1986. Há cerca de dois meses, o Ministério das Finanças do Japão interviu no mercado de câmbio quando o dólar passou de 160 ienes, e sinalizações recentes de autoridades indicaram que o movimento pode se repetir com a forte depreciação dos últimos dias.

Segundo Thomas Matthews, economista sênior de mercados da Capital Economics, há sinais de que os investidores estão precificando um prêmio de risco maior para os mercados japoneses depois que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciou a redução da sua participação no mercado de renda fixa local.

Ele cita, por exemplo, o aumento dos rendimentos de longo prazo em relação aos títulos de curto prazo, e o fato de que o enfraquecimento do iene não desencadeou uma valorização das ações no Japão, algo que costuma ocorrer. “A combinação de preços de ativos de risco relativamente fracos e prêmios maiores de títulos é frequentemente associada ao aumento do risco-país”, diz Matthews. Junto com o enfraquecimento do iene, o yield do título de 10 anos do governo do Japão subiu para um nível acima de 1%. Por volta das 13h10, o rendimento atingia 1,025%.

Mais recente Próxima Santander abre fundo que mescla debêntures incentivadas com juros e moedas

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

O S&P 500 registrou uma valorização de 33% desde a mínima observada no fim de outubro de 2023, alcançando o recorde histórico em 18 de junho.

Rali do S&P 500 freia e julho deve ser mês crítico para índice

Em seu discurso, o presidente exaltou a ex-prefeita Marta Suplicy, que será vice na chapa, e destacou os números positivos de queda do desemprego no país

Em evento em SP, Lula exalta Marta e evita citar campanha de Boulos

Na decisão, a prisão preventiva de Saicali foi substituída por “medida cautelar de proibição de ausentar-se do país” desde que cumpridas determinadas condições

Justiça do Rio revoga prisão de ex-diretora da Americanas e pede que se apresente às autoridades portuguesas

Resultado reflete um cenário de preços e custos mais estáveis, tanto para o consumidor final quanto para os estabelecimentos

Faturamento de bares e restaurantes avança 5,2% até abril, mas cenário ainda é de cautela

Ela é um dos alvos de mandado de prisão da “Operação Disclosure”, deflagrada na última quinta-feira (27) pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF/RJ)

Ex-diretora da Americanas foragida deve retornar ao Brasil na segunda-feira, diz fonte

Sistema passará, a partir do ano que vem, a mirar uma meta contínua de 3%, e não mais um objetivo estabelecido a cada ano

Para Arminio, meta contínua para inflação coroa êxito do sistema

Executivo se encontra em liberdade, em sua residência em Madri, capital da Espanha, segundo informou a Defesa

Ex-CEO da Americanas foi solto, diz colunista; defesa confirma que Gutierrez está em casa

Ganhou corpo um movimento para tentar emplacar um nome do Nordeste como sucessor da dirigente

Saiba quem está cotado para suceder Gleisi Hoffmann no PT

Quase toda a sua riqueza irá para um novo fundo de caridade

Warren Buffett revela o que acontecerá com seu dinheiro após sua morte

Eduardo Viola acredita que o presidente americano deveria renunciar imediatamente à candidatura para dar tempo para outro nome decolar e vencer Donald Trump

"Biden tem que desistir rápido", diz especialista em política externa americana