Finanças
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Por , e , Valor — De São Paulo


Após novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à condução da política monetária e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na véspera da decisão do Copom, voltaram as especulações sobre possíveis novos nomes para assumir a presidência da autoridade monetária a partir do ano que vem.

Isso porque Lula, em entrevista nesta terça-feira à Rádio CBN, Lula usou dos termos “maduro” e “calejado” para descrever o perfil de seu indicado à cadeira do Banco Central. Acontece que o principal cotado para assumir a presidência da autoridade monetária é Gabriel Galípolo, de apenas 42 anos. Com as declarações de Lula, agentes do mercado passaram a enxergar um possível enfraquecimento do diretor de política monetária na corrida para o comando do BC, especialmente após Galípolo votar pela manutenção da Selic em 10,5% na decisão desta quarta-feira (20) do Copom, assim como todos os outros membros do Copom.

Outro diretor do BC apontado como provável substituto de Campos Neto, cujo mandato se encerra no fim deste ano, é Paulo Picchetti (assuntos internacionais), de 62 anos, também indicado por Lula.

Nas bolsas de apostas, circulam nomes como o do ex-diretor do BC Luiz Awazu, de 67 anos; o do ex-ministro Guido Mantega, de 75 anos; e o do atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, de 70 anos.

O nome de Awazu ganhou força pela sua presença no Senado nesta terça-feira (18), em audiência pública para discutir a Proposta de Emenda à Constuição (PEC) que trata da autonomia financeira e orçamentária do BC. Em linha com o governo, o ex-diretor de política econômica e assuntos internacionais da autoridade monetária se posicionou de forma contrária à proposta.

“Ao dizer que vai buscar um presidente do BC que também olhe para uma meta de crescimento, o mercado também passou a ver riscos de que o Lula vá indicar outro presidente para a autoridade monetária. Isso fez com que o nome do Luiz Awazu voltasse à pauta", afirma um gestor.

“A dor de cabeça do mercado agora está em quem será o próximo presidente do BC. As palavras ‘maduro’ e ‘calejado’ fizeram muita gente achar que não será o Galípolo. As alternativas podem ser muito piores e os nomes mais falados agora são o do Guido Mantega e do Luiz Awazu”, disse outro profissional de gestão.

Esta última fonte considera a indicação de Awazu “ligeiramente pior que a de Galípolo, mas infinitamente melhor que a de Mantega”.

“O mercado hoje torce para que seja o Galípolo mesmo. Mas o Lula pode vir com alguma surpresa. Seria bom descartar os nomes do Mantega e do Mercadante logo”, afirmou.

Outros nomes especulados por agentes de mercado são o do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, de 45 anos, e o do economista André Lara Resende, de 73 anos. Resende foi diretor do BC, presidente do BNDES e fez parte da equipe que criou o Plano Real.

Sobre o economista-chefe do Bradesco, um profissional do mercado de uma importante gestora de recursos da Faria Lima diz:

“Seria o sonho do mercado. Algumas pessoas já estão falando no nome dele, mas, dadas as indicações do Lula, não parece muito crível essa indicação”.

O nome do ex-diretor do BC Luiz Awazu aparece entre os prováveis candidatos a presidir o BC a partir do ano que vem — Foto: Leo Pinheiro/Valor
O nome do ex-diretor do BC Luiz Awazu aparece entre os prováveis candidatos a presidir o BC a partir do ano que vem — Foto: Leo Pinheiro/Valor
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