O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, recebeu o prêmio de “Banco Central do Ano” promovido pela publicação Central Banking nesta quarta-feira. Em Londres, Campos Neto disse que o prêmio representa uma coleção de esforços feitos pelo BC ultimamente.
No discurso, Campos Neto destacou que o Banco Central brasileiro é jovem em termos de autonomia e que o primeiro grande teste foi na mudança de governo. Nesse tema, lembrou que a autoridade monetária promoveu a maior alta de juros em ano de eleição na história dos mercados emergentes.
“Eu acho que isso prova que um banco central independente pode entregar um produto bem melhor em termos de diminuir a inflação com um custo mínimo para a sociedade”.
Campos Neto também disse que o BC brasileiro aumentou juros cedo para controlar a inflação e foi um dos primeiros a reduzir a taxa também. “Quero congratular todas as pessoas que trabalham no Banco Central, tivemos momentos difíceis nos últimos anos, na pandemia, desenvolvendo muitas coisas, lutando contra a inflação, então acho que o prêmio é para todo mundo que está trabalhando no Banco Central.”
O presidente do BC também destacou a agenda de tecnologia do BC, ressaltando a criação do Pix, “que acho que mudou a vida de muitos brasileiros hoje”. Além disso, afirmou que está internacionalizando o Pix com iniciativas transfronteiriças e desenvolvendo um open finance “bem amplo”. Campos Neto também sublinhou o desenvolvimento da moeda digital, o Drex, em um formato diferente e inovador. “Acho que isso nos coloca na fronteira em termos de desenvolver tecnologia.”