ESG
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Por , Para o Prática ESG — Do Rio

A calamidade provocada pelas mudanças climáticas no Rio Grande do Sul deixa claro para todos os segmentos da sociedade e da economia que não há mais tempo para adiar a busca por caminhos para a descarbonização. As mudanças climáticas são uma realidade transversal que impacta todo mundo e todos os setores e isso precisa estar mais presente nas discussões do mercado financeiro, diz Marina Cançado, organizadora do Converge Capital Conference e do Brazil Climate Investment Week.

Realizada em São Paulo, na próxima terça-feira (dia 21), a segunda edição Converge Capital Conference vai discutir os Investimentos na Era das Mudanças Climáticas. São esperados cerca de 400 participantes, entre investidores (sendo 100 internacionais), gestores de recursos, family offices, profissionais do mercado financeiro, empreendedores e empresários. Cançado é taxativa ao afirmar que não se trata de um evento de finanças verdes, o objetivo é aproximar o mercado financeiro - a "Faria Lima" - da temática que envolve as mudanças do clima e seus impactos.

“De uma forma bem pragmática, sem visões ideológicas, nem politizações, vamos discutir como os riscos climáticos devem ser incorporados no mercado financeiro para aprimorar o processo de tomada de decisão. Tanto do ponto de vista de risco, como em relação a oportunidades, porque o Brasil pode ser um grande hub de soluções climáticas para o mundo, em todos os setores”, afirma Cançado.

Em setores como agronegócio, há inúmeras soluções que o Brasil pode se destaca e pode exportar esse conhecimento, como sistemas agroflorestais e regeneração de pastos degradados, ressalta Cançado. O setor de energia também oferece muitas oportunidades para o Brasil assumir o protagonismo na jornada de descarbonização. “Temos muitas soluções renováveis, mas podemos avançar mais nos combustíveis sustentáveis para aviação, exportar biocombustível e, no futuro, também avançar no hidrogênio verde”, diz.

O desafio agora é mostrar na prática como incorporar as análises da mudança do clima no dia a dia das finanças. Para a organizadora do evento, as discussões devem avançar sobre como segmentos do mercado financeiro, sobretudo seguros e crédito, vão observar essas variáveis e ajustarem os modelos para precificação de produtos e serviços.

Esse racional também vai impactar fluxo de caixa de empresas, análises de gestores de private equity nas projeções de investimentos nos próximos dez anos. “Não há como deixar de incorporar as variáveis climáticas nas teses de investimento. Todos serão afetados por elas”, afirma.

Na visão de Cançado, as mudanças climáticas já se transformaram num pano de fundo para discussões no mercado financeiro, e o Brasil tem muitas oportunidades em setores estratégicos para atrair o capital internacional. “Então temos que unir esforços para que o capital internacional perceba a mobilização do capital nacional, veja que o capital nacional está comprando essas teses”, ressalta.

Um dos destaques do evento é a participação de Glendon Spencer, PhD em Economia pela Universidade de Harvard e pesquisador do sênior no Woodwell Climate Research Center. Na última década, Glendon, que trabalhou 18 anos de experiência no mercado financeiro, foi analista macro, sócio e diretor de pesquisa de investimentos na Wellington Management, gestora de investimento com mais de US$ 1 trilhão em ativos sob gestão, vem defendendo a incorporação de informações sobre o clima produzidas por cientistas nos métodos de análise e tomada de decisão de todos os setores, inclusive do financeiro.

Também estão confirmados o cientista Jonathan Foley, que compartilhará o roadmap desenvolvido pelo Drawdown Project ; Tony Lent, co-fundador da Capital for Climate; e Gonzalo Muñoz, cofundador da Ambition Loop e membro do conselho de administração do Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ Latin America), grupo que se formou durante a conferência climática COP26 em Glasgow e se descreve como "uma coalizão global das principais instituições financeiras comprometidas em acelerar a descarbonização da economia".

A primeira edição da Converge Capital Conference aconteceu no início de 2020, no Rio de Janeiro, dias antes do início da pandemia de Covid 19. As discussões da primeira edição estavam focadas na integração de temáticas sustentáveis nos portfólios de investimentos e decisões de negócios.

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