Casa das Caldeiras
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Por Catherine Vieira — Valor


Se assemelha a um balão de ensaio ou é no mínimo mal explicada uma eventual operação com a Cedae para tentar antecipar os recursos emergenciais de que o Rio precisa. O Estado, vale lembrar, tem um rombo de R$ 20 bilhões no Orçamento e precisa de emergenciais R$ 3,5 bilhões. Em dívida com servidores e fornecedores, na semana passada, o governador Luiz Fernando Pezão, disse, em Brasília que precisa “atualizar pagamentos em agosto”.

 As duas hipóteses colocadas ontem pelo ministro Moreira Franco, depois de reunião no banco, são frágeis e esbarram em entraves já enumerados pelo Valor. A compra da Cedae pelo BNDES para posterior privatização tem a simpatia do mercado financeiro, mas é sem precedentes ao menos na história recente do banco e não há previsão no estatuto da BNDESPar para uma aquisição neste molde.

 Após a reunião sobre o tema ontem no banco, o presidente Paulo Rabello de Castro não participou de entrevista para explicar o assunto. Mas a diretora de infraestrutura do BNDES Marilene Ramos pareceu deixar claro que essa alternativa não é tratada como prioridade ao dizer que “é remota a possibilidade de o BNDES adquirir e virar gestor da Cedae” e que o processo que o banco está iniciando com a empresa levará mais de 12 meses.

Outros especialistas, como a ex-diretora do banco Elena Landau, e o professor do Insper, Sergio Lazzarini, fizeram críticas ao modelo, lembrando que, no fim das contas, uma compra emergencial da Cedae pelo BNDES significa de fato um socorro ao Rio. “Não seria a volta a um modelo de hospital de empresa, mas um hospital de Estados”, disse Lazzarini. Neste momento, o banco de fomento tem recursos em caixa, enquanto o Tesouro amarga uma escassez de receitas.

A viabilidade da opção do empréstimo liderado pelo BNDES com um pool de bancos também mencionada por Moreira Franco não foi bem explicada, embora Marilene tenha dito que o BNDES esteja analisando formas de participar da operação de crédito para socorrer o Rio. Os bancos públicos não podem emprestar recursos que vão ser usados com a finalidade de gasto corrente pelos Estados. O Banco do Brasil afirmou oficialmente que não participa deste tipo de operação. Entre os bancos privados, a possibilidade de um empréstimo para o Estado que chegou a ser aventada no início do ano não prosperou por que o custo havia sido considerado alto demais.

Na sequência da coletiva no BNDES, o ministro do planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou aos repórteres Fabio Graner e Edna Simão, do Valor que o objetivo não seria comprar a Cedae, mas, com a finalidade de privatizá-la,  fazer uma ‘espécie de empréstimo-ponte’ — tipo de operação que havia sido praticamente banida do repertório do BNDES pela gestão de Maria Silvia Bastos Marques.

Não está muito fácil entender o que se passa no BNDES no momento e quais, afinal, serão suas políticas e lógicas. Já para o Estado do Rio parece estar claro que ainda não apareceu de fato uma alternativa minimamente sólida, mesmo para um valor emergencial .

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