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Por , Valor — São Paulo

Gigantes da tecnologia, como Google e Microsoft, têm apostado na inteligência artificial em seus negócios para oferecer automatização de tarefas. Entre elas, uma outra possibilidade para IA: a de criação de roteiros de viagens de férias.

Vídeos no TikTok de ambas as empresas ensinam como os usuários podem elaborar o itinerário turístico usando a tecnologia. A Microsoft orienta o usuário a usar o Copilot diretamente no Word, processador de texto da empresa, para pedir que a IA monte o itinerário ou direcione quais os principais pontos turísticos de uma cidade ou país.

Já no Gemini, do Google, é possível solicitar o roteiro por comando de voz e incluir restaurantes no roteiro.

Vantagens:

  • Baixo ou zero custo para construir roteiro da viagem;
  • Personalização dos roteiros de acordo com com as preferências;
  • Itinerário com teto de valores que o turista quer gastar na viagem.

Desvantagens:

  • Informações imprecisas e desatualizadas;
  • A IA não consegue pensar no tempo médio que o usuário irá gastar em cada atrativo, nem no tempo de deslocamento entre eles, exemplifica Caroline Martins de Melo Bottino, turismóloga e professora do departamento de turismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). “O que um agente de viagens vai fazer e ainda vai sugerir os atrativos e número de lugares a serem visitados por dia de acordo com o seu perfil”.

Com a procura por essa funcionalidade, já há, inclusive, apps voltados para planejamento de viagens.

“Alguns empreendedores do turismo já começaram a usar as ferramentas, inclusive a investir nelas, pagando o acesso melhor que dá ao usuário essa funcionalidade. Isso vai ajudar a acelerar a entrega aos passageiros, tirando da IA a base para depois o agente refinar o resultado e formatar ele antes de entregar ao cliente”, explica Caroline.

Como criar roteiro de viagem com IA?

Para montar o roteiro, é preciso direcionar os comandos para a IA apontando para qual local é a viagem e quanto tempo de viagem terá. Você também pode especificar o direcionamento restringindo a opções culturais, por exemplo.

Porém, mesmo com os comandos, a IA pode apresentar erros e não conseguirá fazer alguns cálculos que o agente de viagem faz, como proximidade entre pontos e tempo médio gasto em cada um, destaca Caroline.

Passo a passo, com exemplo:

  1. Se você precisa elaborar um roteiro de 3 dias em Bruxelas, deve começar pedindo que a IA elenque todos os atrativos turísticos que a cidade tem.
  2. Depois, deve pedir que elabore um roteiro que considere, para cada dia, a proximidade entre os atrativos visitados. “O resultado é uma boa dica para quem não quer começar do zero”, destaca a turismóloga.
  3. Já para um roteiro mais assertivo, são necessárias informações como preferências dos turistas e informações detalhadas dos lugares e da cultura local, por exemplo.

“Essas informações irão ser a entrada em uma IA (rede neural) para aprendizagem da máquina. Por isso, quanto mais informações, melhor a máquina poderá responder, explica Eliane Pozzebon, professora do departamento de computação da Universidade de Santa Catarina (UFSC) e pesquisadora na área de uso de IA no turismo.

As IA’s também direcionam para outros conteúdos relacionados à viagem, como as melhores dicas para organizar o período ou como definir um orçamento realista para a experiência. Mas é preciso cautela no uso porque “não existem garantias que a resposta seja 100% correta”, diz Eliane.

Dicas para usar IA e organizar o roteiro de férias:

  1. O usuário deve checar as informações que a IA dá, buscar no mapa os atrativos que ela indica e principalmente, entrar no site oficial das atrações para garantir que estarão funcionando na data da sua viagem. “Muitas vezes ela vai sugerir um passeio que não pode ser feito pois o atrativo encontra-se em manutenção, por exemplo”, explica Caroline.
  2. Para fins de orientação, o ideal é usar a IA e complementar pesquisando no app de mapas se esses atrativos conversam entre si para que sejam visitados no mesmo dia e quantos você consegue fazer com um bom aproveitamento;
  3. Consulte o mapa para localizar os atrativos sugeridos e busque experiências de viagem de outras pessoas para obter informações sobre o tempo médio de visita a cada um e sobre o deslocamento entre eles. “Isso é muito importante para conseguir montar um roteiro factível, ou seja, possível de ser completamente executado”, diz a turismóloga.
  4. Busque os sites oficiais de cada atrativo - A indicação da IA não costuma considerar informações sobre manutenção, horários de fechamento, nem sobre dias de gratuidade, que são muito comuns em alguns museus.
  5. Dê a IA muita informação - “Se possível diga para ela pensar como se fosse você: diga o que gosta, o que fez na sua última viagem, o que gostaria de ver nesse lugar, se tem interesse em roteiros mais históricos e culturais, por exemplo. Além disso, fale sobre a sua idade e se tem problemas de locomoção. Ajude com o máximo de conteúdo na hora de dar o comando”, comenta Caroline.

Depois que receber o roteiro, faça uma checagem, filtre o que é relevante e o que se adapta ao seu gosto e ao seu tempo.

Caroline ressalta que pode ser que a IA não acerte de primeira o roteiro perfeito. Nesse caso o usuário pode pedir para ela refazer e ajustar o que o usuário acha que não ficou bom.

“Aumente as informações no comando pedindo que repita e acrescente mais coisas. Seja muito detalhista no seu pedido, para conseguir obter o resultado esperado. Ela só vai se aproximar da sua expectativa se você ajudar nesse processo. Então, escreva tudo que está na sua mente”, diz a turismóloga.

Ferramentas da IA para montar roteiro de viagem:

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