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Por , Valor — São Paulo


O governo paulista confirmou nesta sexta-feira (28) que a Equatorial foi a única a apresentar proposta para se tornar sócia de referência na privatização da Sabesp, conforme o Valor havia noticiado na quarta-feira (26). A proposta da empresa foi de R$ 67 por ação, para a participação de 15% que o grupo deverá assumir após a privatização. Isso significa um desembolso de R$ 6,87 bilhões pela fatia. O valor ficou acima do preço mínimo que havia sido estabelecido pelo Estado, que ainda não foi divulgado.

A oferta da Equatorial fica bem abaixo do preço atual do papel, que fechou nesta sexta (28) em R$ 74,97. A última vez em que o papel atingiu o patamar da oferta da Equatorial foi em dezembro do ano passado, quando a ação fechou em R$ 67,66.

Questionados sobre o preço abaixo do patamar atual, a secretária Natalia Resende afirmou que não é possível comparar o preço dos papeis em negociação com o papel do sócio estratégico. Ao adquirir os 15% de participação, o sócio de referência terá um papel ativo na gestão, por meio de um terço do conselho de administração, além do compromisso de ficar ao menos até 2029 na empresa, sem possibilidade de vender os papeis nesse período.

A oferta foi apresentada na quarta, prazo final para a entrega. A Aegea, que também vinha se preparando para apresentar proposta, desistiu na última hora de participar. O empresário Nelson Tanure, que também havia manifestado interesse, também não fez oferta, como já era esperado no mercado. Dessa forma, a Equatorial se tornou a única interessada em comprar os papeis e, com isso, se torna a provável sócia estratégica da companhia paulista de saneamento.

Na sequência, deverá ser iniciado o “bookbuilding”, ou seja, a coleta de intenção dos investidores interessados em comprar os demais papeis da oferta. O Estado deverá vender, além dos 15% que ficarão com o sócio de referência, outros 17% ao restante do mercado, de forma mais pulverizada. O processo deverá durar do dia 1º de julho ao dia 15. A Equatorial precisa atingir um mínimo de demanda de procura pelo mercado, mas o piso de cobertura necessário também não foi divulgado pelo governo.

O Estado deverá vender, além dos 15% que ficarão com o sócio de referência, outros 17% ao restante do mercado, de forma mais pulverizada. O processo deverá durar do dia 1º de julho ao dia 15. A precificação deverá se dar no dia 18 de julho, e a liquidação da oferta, no dia 22, conforme o cronograma previsto no prospecto da oferta de ações.

Em coletiva realizada nesta sexta, o governo paulista tentou minimizar a baixa concorrência.

O governador Tarcísio de Freitas afirmou que diversos fatores levaram à perda de interesse de outros investidores e disse que isso é comum. “É comum em ofertas públicas que inicialmente vários investidores manifestem interesse e acabem desistindo por razões das mais diversas. A gente vê a complexidade, vê o tamanho do cheque, quem entra não entra tendo controle da companhia, isso desde o início falamos que não íamos passar controle para ninguém. Tem outras questões que envolvem a composição acionária de cada acionista. É bastante comum nesse tipo de processo, em outros leilões, mas o mais importante, queríamos um investidor de referência comprometido com universalização”, disse ele, em coletiva nesta sexta (28).

Para Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, o governo está satisfeito. “Está dentro do esperado, não tem nada abaixo. A gente tem objetivo de levar saneamento para quem não tem, acelerar universalização. Tudo isso é o que traçou desde o início. Seja na parte dos 15%, dos 17%, não é falta de concorrência, é aderência ao que vemos colocando desde o início. Tem aderência grande do orçamento, que vai ser ultrapassado o que se previu em relação ao LOA. Isso sempre olha, sempre planeja. Tudo dentro do esperado. Por isso, a gente fica satisfeito com o projeto como um todo”, disse.

O preço da Equatorial ficou acima do mínimo que havia sido estabelecido pelo governo. Esse piso não foi divulgado, e se tornará público apenas após a liquidação da oferta. Questionada sobre os critérios para a definição do mínimo, ela diz que “a gente olha todo o ‘valuation’ com metodologias consagradas, olha investimentos, custos, estudo pormenorizado, no curto, médio e longo prazo. É contrato com quantidade grande de investimentos”, disse ela.

O Estado deverá vender, além dos 15% que ficarão com o sócio de referência da Sabesp, outros 17% ao restante do mercado — Foto: Victor Moriyama/Bloomberg
O Estado deverá vender, além dos 15% que ficarão com o sócio de referência da Sabesp, outros 17% ao restante do mercado — Foto: Victor Moriyama/Bloomberg
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