A transmissora colombiana Isa Cteep reportou lucro líquido de R$ 643,1 milhões no primeiro trimestre, queda de 14,1% em relação ao mesmo intervalo de 2023, informou a companhia na noite desta segunda-feira (29).
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,092 bilhão no período, um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida somou R$ 1,9 bilhão no trimestre, crescimento de 25,9% na comparação com igual etapa de 2023.
Considerando os indicadores dos resultados regulatórios, o lucro líquido foi de R$ 409,2 milhões, alta de 33,7% nos últimos três meses de 2024 em relação ao igual período do ano anterior. O Ebitda somou R$ 896,9 milhões, uma alta de 21,4%. Já a receita líquida da somou R$ 1,1 bilhão no trimestre, crescimento de 24,3% na comparação com o ano anterior.
Ao Valor, o presidente da empresa, Rui Chammas, diz que mantém o compromisso de seguir na entrega dos sete lotes em construção que a empresa arrematou nos últimos leilões. Só no primeiro trimestre, os projetos novos atingiram quase R$ 600 milhões no trimestre. Há ainda o crescimento em projetos relacionados a reforços e melhorias.
“Do ponto de vista de resultados, vamos avançar em 2024, com a energização de projetos que vão acontecer, que vai somando Receita Anual Permitida (RAP), e também continuamos tendo a energização de projetos de reforços e melhorias e este ano teremos a Revisão Tarifária Periódica (RTP)”, diz Chammas.
A diretora financeira, Carisa Cristal, acrescenta que o lucro foi a combinação da entrada de recursos do pagamento do componente financeiro da Rede Básica Sistema Existente (RBSE), entrada de quase 70 projetos de reforços e melhorias na operação e melhora da receita das empresas controladas.
“A situação de dívida continua estável. Fechamos em 2023 com a alavancagem [medida pela dívida líquida/Ebitda ajustado] em 2,4 vezes e o endividamento está neste momento em 2,3 vezes. Além disso, o custo médio anual da dívida caiu para 10,5 vezes”, diz a executiva.
A preocupação se deve pelo fato de a empresa estar comprometida com diversos projetos que somam mais de R$ 15 bilhões até 2028, o que deve pressionar a alavancagem da empresa nos anos de 2026 e 2027. Este foi o motivo da empresa ter desistido de participar do leilão de transmissão que ocorreu em março.
Neste momento, a empresa avalia a possibilidade de participar do leilão de Reserva de Capacidade com um projeto de baterias. Além disso, a Cteep está em busca de licenças para a implementação de novos projetos de transmissão e está analisando o leilão de transmissão previsto para setembro.
“Nossa participação [no leilão] vai respeitar o critério de disciplina de alavancagem, porque queremos continuar fazendo boas captações e continuar pagando dividendos”, ressalta Chammas.