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Por Renato Bernhoeft

Renato Bernhoeft é fundador e presidente do conselho da höft consultoria. Autor de livros sobre empresas familiares, sociedades empresariais e qualidade de vida


O passar do século XXI está a cada dia demonstrando, com seus novos avanços e desafios, a importância de incorporarmos em nossas vidas o processo de aprendizagem como algo permanente. Ou seja, já não basta o que a educação formal nos ensina, e que por muito tempo foi considerado como a melhor e mais eficiente forma de se preparar para toda uma vida.

Costumo dizer de que a chamada "escola da vida" possui duas grandes vantagens sobre a escola convencional. Nem sempre reconhecida na sua dinâmica e didática, ela não fornece diploma e também não dá férias - duas ilusões que o ensino formal utiliza para julgar ser mais do que suficiente para que o ser humano se sinta preparado para enfrentar os desafios da sua vida.

Segundo estudos recentes, o "aprender por toda a vida" é uma necessidade humana, a qual ocorre desde antes do nascimento (com aprendizagens pré-conscientes no útero materno) e continua até a perda da consciência, antes de morrer. E esse processo envolve, segundo o estudioso Peter Jarvis, conhecimento, habilidades, atitudes, valores, crenças, emoções, sentidos, senso de identidade, entre outros quesitos, que são modificáveis através do tempo e promovem a transformação total das pessoas.

Fica evidente que, com o crescente aumento da longevidade do ser humano, estes desafios tendem a crescer. Ou seja, o processo de aprendizagem, paralelamente ao envelhecimento, ambos complexos, se entrelaçam ao longo de toda a vida.

Vale registrar que este alerta não deve ser olhado com atenção apenas pelas pessoas que se caracterizam por pertencer ao agrupamento que tem sido chamado de 50+, mas vale, de forma muito especial, para os que estão na meia-idade e necessitam se preparar para uma vida mais longeva, caracterizada por um envelhecimento saudável. Isso abrange não apenas a saúde física, mas também os aspetos mentais, psicológicos e espirituais.

A aprendizagem contínua envolve quesitos como conhecimento, habilidades, atitudes, valores, crenças, emoções, sentidos e senso de identidade, — Foto: Freepik
A aprendizagem contínua envolve quesitos como conhecimento, habilidades, atitudes, valores, crenças, emoções, sentidos e senso de identidade, — Foto: Freepik

Conforme afirma a pesquisadora Maria G. Gohn, o processo de aprendizagem pode ser dividido em três sistemas distintos, a saber:

  • Educação formal: Aquela desenvolvida nas escolas e universidades com conteúdo predefinido e objetivos claros e específicos;
  • Educação não formal: Aquela que se aprende via processos de compartilhamento de experiências, principalmente em contextos coletivos e do cotidiano;
  • Educação informal: Aquela que os indivíduos adquirem durante o seu processo de socialização – na família, na comunidade, em clubes, com amigos, etc. Está impregnada de valores e culturas particulares de pertencimento, sentimentos e herança emocional.

Uma manifestação importante em várias sociedades foi o surgimento do que tem sido chamado de “Universidade da Terceira Idade”. Essas iniciativas emergiram tanto de universidades mais abertas à sociedade, quanto de governos e instituições sociais. No Brasil, o Sesc se destacou como pioneiro no atendimento dessa população. Os primeiros registros indicam o ano de 1968 como o início desses programas.

No final dos anos 1990, iniciei no Brasil um programa que intitulei de Pós-Carreira, que envolve o preparo dos executivos para uma aposentadoria produtiva e significativa. Isso foi especialmente relevante para profissionais que perdiam sua identidade corporativa e entravam em crises que poderiam levar à depressão, separações conjugais e até suicídios.

Em resumo, fica aqui o chamado para que cada um se prepare de maneira proativa e preventiva para o processo de aprendizagem contínua ao longo da vida.

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