Brazil China Meeting
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Por Cláudio Marques — Para o Valor, de São Paulo


Em Xangai, plataforma possibilita acesso a mais de mil serviços diferentes aos seus residentes envolvendo saúde, transporte, segurança social e lazer — Foto: Qilai Shen/Bloomberg
Em Xangai, plataforma possibilita acesso a mais de mil serviços diferentes aos seus residentes envolvendo saúde, transporte, segurança social e lazer — Foto: Qilai Shen/Bloomberg

A sofisticação tecnológica pode até fazer uma cidade inteligente parecer coisa de filme de ficção científica. Dependendo do grau e do aporte de recursos adotados para monitoramento, é possível acompanhar, avaliar e gerenciar os mais diversos aspectos de toda a vida na cidade, de mobilidade a saúde, passando por prevenção aos efeitos de eventos climáticos.

Tudo isso torna a localidade mais sustentável e capaz de melhorar a vida do residente a partir de inteligência aplicada aos dados obtidos. “É uma forma moderna de gerenciar uma cidade e realmente poder tomar decisões rápidas”, diz a professora Suzana Khan, diretora do Coppe, centro de pesquisa em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e integrante do Centro China-Brasil de Mudanças Climáticas, sediado na Universidade de Tsinghua, em Pequim.

De acordo com o índice mundial “Global Top 100 SMILE Cities and Global New Smart City 2022-2023”, três cidades chinesas estão entre as dez mais desenvolvidas (Pequim, Guangzhou e Hong Kong). Vila de pescadores até o fim da década de 1970, Shenzhen foi reinventada pelo governo chinês e se tornou em 40 anos uma metrópole berço de gigantes de tecnologia. Além disso, adota o modelo de dados chamado cidade gêmea digital. É uma versão digital de toda a cidade, com seus ativos físicos, processos e ecossistemas inteiros com recursos em tempo real. “Com o gêmeo digital, ela controla absolutamente tudo”, afirma Khan, ressaltando o monitoramento da qualidade da água dos reservatórios. Ao mesmo tempo, os dados de saúde da população, armazenados em nuvem, ajudam hospitais a acelerar os diagnósticos.

Em Xangai, a plataforma de serviços públicos, a Citizen Cloud, possibilita acesso a mais de mil serviços diferentes aos seus residentes envolvendo saúde, transporte, segurança social, vida comunitária, turismo e lazer. E ainda pode ser usada para armazenar a documentação do morador. Na China, o uso de câmeras para reconhecimento facial com objetivos de segurança é amplamente disseminado. “Todas as cidades têm”, diz Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC). Mas seu uso extrapola esse objetivo. Em Pequim e Guangzhou, é utilizado em novas estações de metrô para liberar a catraca e o acesso à composição.

Suzana Khan: “É uma forma moderna de gerenciar uma cidade e tomar decisões rápidas” — Foto: Divulgação/Coppe
Suzana Khan: “É uma forma moderna de gerenciar uma cidade e tomar decisões rápidas” — Foto: Divulgação/Coppe

Transporte público eficiente e medidas para facilitar o escoamento do tráfego contribuem para reduzir as emissões de carbono e melhorar a mobilidade de moradores. A capital chinesa monitora o trânsito em tempo real e adota tecnologias inteligentes para identificar poluentes. Em Nanquim, um sistema de tráfego inteligente, com sensores e chips de identificação por radiofrequência, fornece dados sobre as condições das estradas e acessibilidade de diversas áreas. As informações são transmitidas para a população via celular.

Segundo Thomas Law, presidente do Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina), a pandemia de covid-19 acelerou a implantação da tecnologia nas cidades, com a adoção de estratégias de smart cities focadas na economia verde, na sustentabilidade, na descarbonização e no combate às mudanças climáticas. No início de 2020, o Congresso Nacional do Povo aprovou um plano de US$ 1,4 bilhão para apoiar a inovação.

No Brasil, a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes apresenta caminhos para apoiar as administrações municipais rumo às cidades inteligentes. Já há iniciativas que levam algumas cidades a serem consideradas inteligentes, como Curitiba, capital paranaense, que é reconhecida por seus avanços em mobilidade urbana, uso de energia renovável e digitalização na saúde. A capital fluminense, por sua vez, utiliza 3.000 câmeras para monitorar pontos e vias do Rio de Janeiro por meio do Centro de Operações (COR), segundo Willington Feitosa, coordenador de cidade inteligente do município.

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