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Por , Valor — Rio


O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de assuntos econômicos e financeiros do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o G20 deve se aproximar mais da sociedade e “tocar mais diretamente nos temas que interessam ao cidadão de forma geral”. A declaração foi dada nesta sexta-feira (5), durante o último dia do terceiro encontro dos sherpas do fórum internacional — isto é, os negociadores que representam os chefes de Estado das 21 economias que compõem o grupo.

Em uma das quatro sessões feitas durante a reunião, os 13 grupos de engajamento da sociedade civil, que formam o G20 Social, apresentaram sugestões e propostas objetivas para serem incorporadas às decisões dos líderes integrantes do fórum internacional, que reúne 19 países, a União Europeia (UE) e a União Africana.

É a primeira vez que a sociedade tem uma participação mais ativa dentro do G20. Nas edições passadas, encontros desse tipo ocorriam próximo à cúpula dos chefes de Estado e eram mais simbólicos.

Desta vez, a proposta do Brasil, que preside o G20 neste ano, é construir com a sociedade civil, explica uma fonte ligada ao Itamaraty. A ideia é que as recomendações feitas pelos grupos de engajamento sejam integradas no comunicado conjunto que sairá ao final da cúpula dos chefes de Estado. Esse encontro está marcado para acontecer no Rio de Janeiro, em novembro.

“O objetivo dessa reunião era justamente receber as contribuições dos grupos de engajamento para que nós, sherpas, tenhamos os subsídios para incorporar a visão da sociedade. Nós vamos começar agora o processo de elaboração dos temas que serão debatidos pelos líderes e que serão consignados em uma declaração na cúpula do Rio de Janeiro”, afirmou Lyrio, que é o sherpa brasileiro e presidiu as reuniões desta semana.

“É uma orientação do governo brasileiro, desde o início da presidência, a ideia de que o G20 tem que estar mais perto da sociedade”, completou.

Ao todo, são treze grupos oficiais do G20 Social, cada um com uma temática diferente. São eles sociedade civil (C20); think tanks (T20); juventude (Y20); mulheres (W20); trabalho (L20); cidades (U20); negócios (B20); ciências (S20); parlamentos (P20); tribunais de contas (SAI20); cortes supremas (J20); oceanos (O20); e “startups” (Startup20).

Segundo o embaixador, uma das metas da presidência brasileira no G20 é, a partir dessa articulação com a sociedade civil, fazer uma declaração final do grupo com uma linguagem mais concisa e direta.

“Geralmente, essas declarações são emitidas e poucos a leem”, disse. “O objetivo nosso é ter uma linguagem um pouco mais direta e tocar mais nos temas que interessam ao cidadão de forma geral.”

Para o presidente do comitê municipal organizador do G20, Lucas Padilha, o encontro entre os sherpas do G20 e os grupos de engajamento foi um “momento histórico”:

“Pela primeira vez, todos os sherpas e todos os grupos de engajamento tiveram a oportunidade de compartilhar documentos e impressões que vão influenciar na construção formal da declaração de líderes do G20. Ou seja, são aqueles grupos todos de pressão, pela primeira vez na história, participando do processo de negociação do G20.”

Padilha, que também é secretário da Casa Civil do Rio e coordena o U20, afirma que a articulação dos sherpas com a sociedade civil dá às cidades a oportunidade de serem ouvidas nas discussões internacionais e possam ajudar, inclusive, no distensionamento de conflitos geopolíticos.

“A gente ofereceu um pacote de sugestões para que eles negociem e consigam, na declaração final, incluir alguma medida importante para que as cidades saiam melhor do G20. Assim, os países estarão conversando sobre como melhorar o financiamento das cidades, que é uma questão global. Nisso, deixam de tratar daqueles assuntos que são de divergência. Ou seja, o espírito do multilateralismo e da convergência que está no G20 combina muito com o U20.”

"Nós vamos começar agora o processo de elaboração dos temas que serão debatidos pelos líderes e que serão consignados em uma declaração na cúpula do Rio de Janeiro”, afirmou o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, o negociador-chefe do Brasil no G20 — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Fernando Frazão/Agência
"Nós vamos começar agora o processo de elaboração dos temas que serão debatidos pelos líderes e que serão consignados em uma declaração na cúpula do Rio de Janeiro”, afirmou o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, o negociador-chefe do Brasil no G20 — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Fernando Frazão/Agência
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